Julgamento de Zé do Valério, acusado de estuprar e matar universitária no interior do Ceará, acontece nesta quarta-feira

 Zé do Valério é preso após mais de dois meses de perseguição — Foto: Reprodução

O vaqueiro José Pereira da Costa, conhecido com Zé do Valério, está com julgamento previsto para esta quarta-feira (25). Ele é acusado de estuprar e matar a tiros e pedradas a universitária Danielle Oliveira, em Pedra Branca, no interior do Ceará. A sessão vai ter início às 9h no 1º Salão do Júri do Fórum Clóvis Beviláqua, em Fortaleza.

Familiares e amigos vão se reunir na área externa do fórum para realizar uma manifestação pedindo justiça. O ato está marcado para acontecer a partir das 8h.

O crime aconteceu em abril de 2019. A universitária Danielle Oliveira, de 20 anos, foi encontrada em um sítio vizinho ao da sua família, na localidade de São Gonçalo, despida e com um ferimento no olho esquerdo, no dia 25 daquele mês. A jovem havia desaparecido na noite do dia 24. Zé do Valério havia trabalhado no sítio da família, onde a universitária estava antes de sumir, prestando serviços como vaqueiro e amansando animais.

De acordo com o Tribunal de Justiça do Estado do Ceará (TJCE), o julgamento ocorre de forma presencial e será presidido pelo juiz titular da 3ª Vara do Júri de Fortaleza. Vão ser ouvidas sete testemunhas, sendo duas de defesa e cinco de acusação.

Denúncia do MP

De acordo com denúncia do Ministério Público do Ceará (MPCE), o vaqueiro chamou a jovem para fora do sítio, apontou uma arma de fogo em direção a ela querendo um beijo e um abraço. Após a jovem recusar, o criminoso levou Danielle para um matagal, onde cometeu o crime. O laudo cadavérico confirmou morte por traumatismo cranioencefálico com asfixia. O laudo também apontou sinais de violência sexual.

A denúncia do MPCE foi requerida pela promotoria, que pediu que Zé do Valério fosse pronunciado e, posteriormente, condenado pelo Tribunal do Júri por crime de homicídio por motivo torpe, meio cruel e com recurso que dificultou a defesa da vítima. A promotoria também considerou evidente se tratar de feminicídio, já que o assassinato foi praticado mediante menosprezo ou discriminação à condição de mulher. 

 

(G1/CE)

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