Censo 2022: IBGE avalia infraestrutura urbana de municípios no Ceará

 Homem caminhando na Avenida Mozart Lucena, em Fortaleza  (foto: Aurelio Alves/ O POVO)

A partir desta segunda-feira, 20, a área urbana de todos os 184 municípios do Ceará será avaliada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Por meio da Pesquisa Urbanística do Entorno dos Domicílios, mais de 900 supervisores estarão nas vias cearenses para identificar características da infraestrutura das cidades quanto à acessibilidade, circulação de veículos, capacidade de escoamento de água das chuvas e equipamentos presentes no espaço urbano.

O levantamento de informações acontece em todo o Brasil e marca o início das operações urbanas do Censo 2022. O processo deve seguir até 12 de julho.

Este é o primeiro momento em que os analistas do IBGE percorrem todos os setores censitários, identificando avenidas e ruas e avaliando recentes atualizações do mapa urbano. Nesta fase, não serão feitas entrevistas. A coleta das informações se dá apenas por observação.

São 22.745 agentes censitários visitando 326.643 setores censitários em todos os 5.570 municípios do país. Dez quesitos estão sendo investigados:

  1. Capacidade da via
  2. Pavimentação da via
  3. Bueiro/boca de Lobo
  4. Iluminação pública 
  5. Ponto de ônibus/van
  6. Via sinalizada para bicicletas
  7. Existência de calçada
  8. Obstáculo na calçada
  9. Rampa para cadeirante
  10. Arborização

Destes, os quesitos Ponto de ônibus/van, Via sinalizada para bicicletas e Obstáculo na calçada são novos. Os três pontos não foram investigados nem no Censo 2010 nem na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad).

Conforme o Instituto, os “quesitos investigados servem de subsídio para uma série de políticas públicas nas três esferas de governo, envolvendo saneamento básico, mobilidade urbana, inclusão social, segurança pública e meio ambiente, entre outros temas”.

Além disso, o IBGE destaca que é a primeira vez que a Pesquisa do Entorno abrange todos os aglomerados subnormais localizados nas áreas urbanas. A terminologia é utilizada para caracterizar assentamentos irregulares conhecidos como "favelas", "baixadas", "comunidades" etc. O Instituto afirma que utiliza uma nova metodologia para identificar o percurso “em áreas labirínticas e sem sinal de GPS”.

Histórico

O entorno dos domicílios foi pesquisado pela primeira vez no Censo de 2010. Na ocasião, também foi feito um Levantamento de Informações Territoriais (LIT), destinado a reunir dados de áreas de precariedade urbana. Desde então, novas informações foram sendo levantadas de forma amostral junto à Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), realizada periodicamente pelo IBGE.

Em meio ao planejamento para o próximo Censo, o IBGE decidiu em 2017 que a LIT deveria ser unificada com a pesquisa do entorno. O atual questionário foi definido em 2019 e aplicado de forma experimental no município de Poços de Caldas (MG). Em 2021, houve novos testes nas cidades Paulo de Frontin (RJ) e Nova Iguaçu (RJ). (Com informações da Agência Brasil)

 

 

(O Povo)

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