Monkeypox: Anvisa analisa segundo pedido de registro para teste

O pedido é para o produto Monkeypox Virus Nucleic Acid Detection Kit e foi apresentado pel...

 

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) analisa dois pedidos de registro para testes de diagnóstico da varíola dos macacos. O órgão recebeu o segundo pedido na última segunda-feira, 2, o segundo pedido de registro de kit para teste. Até essa sexta-feira, 5, o Brasil registra 2.004 casos confirmados da doença e 1.962 casos em investigação. 

O pedido é para o produto Monkeypox Virus Nucleic Acid Detection Kit e foi apresentado pela empresa CPMH - Comércio e Indústria de Produtos Médico-Hospitalares e Odontológicos LTDA. A solicitação já está em análise pela equipe técnica.

A Anvisa já havia recebido o pedido de registro da empresa Biomédica. "O pedido foi analisado e a Anvisa emitiu exigência, que é um pedido de informações e dados necessários para a conclusão da análise pela equipe técnica", informa a Agência.

O órgão explica que o processo do registro de um kit de teste "envolve avaliar o processo de fabricação, confiabilidade dos resultados e efetividade para o diagnóstico".

Atualmente o diagnóstico do vírus no país é feito "por meio de ensaios moleculares de PCR com metodologia desenvolvida pelo próprio laboratório de análise clínica, com base em protocolos validados".

No Ceará, as amostras de pacientes com suspeita são enviadas para o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-CE) que trata o material e precisa ser enviado para a Fiocruz- RJ. 

O que sabemos sobre a doença

Como é transmitida?

- A transmissão entre humanos ocorre principalmente por meio de contato pessoal com secreções respiratórias, fluidos corporais, lesões de pele de pessoas infectadas ou objetos recentemente contaminados, como louças, lençóis e toalhas;

- Como as gotículas não podem viajar muito, é necessário um contato pessoal prolongado;

- Por meio da mordida de animais que carregam o vírus ou consumo destes.

Como se prevenir?

- Evitando contato com pessoas com caso suspeito e objetos que essas pessoas tenha usado, bem como com animais que possam estar doentes;

- Uso de máscara de proteção e distanciamento.

Quais os principais sintomas?

- A doença tem período de incubação pode variar de 5 a 21 dias;

- O estágio febril da doença geralmente dura de 1 a 3 dias (febre, dor de cabeça intensa, inchaço dos gânglios linfáticos, dor nas costas, dor muscular e falta de energia);

- O estágio de erupção cutânea, com duração de 2 a 4 semanas (lesões evoluem de máculas — lesões com base plana — para pápulas — lesões dolorosas firmes elevadas).

Qual a gravidade da varíola dos macacos?

- Além de transmissão menor, a letalidade da varíola dos macacos também é bem menor em comparação à varíola humana. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a taxa de mortalidade da doença surgida mais recentemente é de 3% a 6%. A mortalidade da varíola humana chegava a 30%, conforme o órgão.

- Em geral, os pacientes tomam remédios apenas para tratar os sintomas como dor de cabeça e febre. Casos mais graves podem ocorrer em gestantes, idosos, crianças e pessoas que têm doenças que diminuem a imunidade.

Existem vacinas disponíveis que protegem contra a doença?

- As vacinas contra varíola comum (humana) protegem também contra a varíola dos macacos. Com a erradicação da doença no mundo, em 1980, a vacina deixou de ser aplicada. Pessoas que foram vacinadas há mais de 40 anos contra a varíola humana ainda podem ter alguma proteção;

- Alguns países da Europa e da América do Norte já começaram a vacinar alguns grupos populacionais com uma vacina específica para a varíola dos macacos. O Ministério da Saúde informou que está contato com entidades ligadas à Organização Mundial da Saúde (OMS) para adquirir o imunizante. (Com agências)

 

O Povo

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