Preços do leite e café sobem 55% em 12 meses e puxam alta da cesta básica em Fortaleza

 Leite e café estão entre produtos básicos com alta nos preços em Fortaleza. — Foto: Reprodução/EPTV

Os preços do leite e café lideram a alta da cesta básica em Fortaleza, segundo levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE). No acumulado dos últimos 12 meses, o leite sofreu uma variação 55,90%; enquanto o café variou 54,72%.

Outros dois produtos que se destacam na alta dos preços foi o óleo (30,27%), feijão (23,97%) e pão (23,30%). Na série anual, dos produtos que compõem a Cesta Básica, o único item a apresentar redução no preço foi o arroz (-4,08%).

No semestre, dos produtos que compõem a cesta, somente o tomate (-27,21%) apresentou redução no preço. Já os itens que apresentaram as maiores elevações foram: leite (47,65%), o feijão (29,46%) e o óleo (18,54%).

Pesquisa Nacional da Cesta Básica

Produtos Variação anual (%)
Leite 55,90%
Café 54,72%
Óleo 30,27%
Feijão 23,97%
Pão 23,30%
Açucar 21,76%
Farinha 19,51%
Banana 19,27%
Manteiga 16,30%
Tomate 6,40%
Carne 2,11%
Arroz - 4,08%

Baixa nos preços de 15 produtos

Em julho de 2022, o conjunto dos 12 produtos que compõem a cesta básica registrou uma deflação de -2,37%. A baixa nos preços de cinco dos doze produtos da cesta básica fez com que um trabalhador para adquirir os produtos, respeitadas as quantidades definidas para a composição da cesta, tivesse que desembolsar R$ 641,46.

Considerando o valor e tomando como base o salário mínimo vigente no país de R$ 1.212,00 (valor correspondente a uma jornada mensal de trabalho de 220 horas), pode-se dizer que o trabalhador teve que desprender 116h e 26 minutos de sua jornada de trabalho mensal para essa finalidade.

O gasto com alimentação de uma família padrão (dois adultos e duas crianças) foi de R$ 1.924,38. Comparando o custo da cesta com o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social (7,5%), verifica-se que o trabalhador fortalezense remunerado pelo piso nacional comprometeu, em julho, 57,22% do salário mínimo líquido para comprar os alimentos básicos para uma pessoa adulta. 

 

 

(G1/CE) 

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