Alexandre de Moraes determina prisão do blogueiro Oswaldo Eustáquio

 Oswaldo Eustáquio é um homem branco e barbudo. Ele está com uma camisa preta da SWAT

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou as prisões do blogueiro Oswaldo Eustáquio e do youtuber e sócio do canal Hipócritas, Bismark Fugazza, por inflamarem os atos que não reconhecem a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas urnas este ano e pedem intervenção militar.

Segundo o Metrópoles, que divulgou a informação, a decisão é da semana passada. No entanto, a Polícia Federal ainda não teria localizado os investigados.

O portal também informou que Eustáquio é investigado no inquérito que apura a incitação a atos antidemocráticos contra o STF e que já chegou a ser preso em 2020. Contudo, o blogueiro estaria descumprindo condições impostas pela Justiça para autorizar sua liberdade.

Bismark, por sua vez, é investigado por incentivar atos contra a posse de Lula no dia 1º de janeiro.

"A ordem [de Moraes] é ilegal, inconstitucional e abusiva", disse o advogado de Eustáquio ao Metrópoles. O jurista, porém, disse não saber onde está seu cliente. "Última vez que vi foi num aviãozinho com o pessoal do Hipócritas".

Em grupos que apoiam o presidente Jair Bolsonaro (PL), circula um vídeo de Eustáquio e Bismark em um avião. Na imagem, a dupla diz estar indo para "a missão mais importante" de suas vidas. Contudo, não dizem para onde vão.

Atos antidemocráticos

Em todo o País, apoiadores de Bolsonaro insatisfeitos com o resultado das eleições têm feito protestos antidemocráticos pedindo a intervenção das Forças Armadas e incitando atos golpistas contra o presidente eleito, Lula.

Eles já chegaram a bloquear estradas e montar acampamentos próximo a prédios militares.

No último dia 15 de dezembro, Alexandre de Moraes autorizou mais de 80 mandados de busca e apreensão e de prisão contra pessoas que estão participando desses atos. Além disso, segundo o Metrópoles, o ministro determinou a quebra de sigilo bancário e o bloqueio de contas de empresários suspeitos de financiarem as manifestações golpistas.

 

(Diário do Nordeste)

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