Daniel Alves é transferido de presídio na Espanha; veja imagens da nova prisão

O presídio de Brians 2, na Catalunha, no nordeste da Espanha, para onde o jogador brasileiro Daniel Alves foi transferido.  — Foto: Secretaria de Justiça da Catalunha
O presídio de Brians 2, na Catalunha, no nordeste da Espanha, para onde o jogador brasileiro Daniel Alves foi transferido. — Foto: Secretaria de Justiça da Catalunha
 

Alves foi enviado nesta manhã ao presídio de Brians 2, a cerca de 40 quilômetros de Barcelona, para evitar risco à integridade física do jogador. Segundo a Secretaria de Justiça do governo da Catalunha, não houve nenhuma ameaça, e a transferência é preventiva.

Brians 2, que fica no mesmo complexo onde o brasileiro já estava desde sexta-feira, tem menos presidiários, a maioria já condenada - Daniel Alves cumpre prisão preventiva enquanto aguarda o processo.

Segundo o jornal catalão "La Vanguardia", ele ficará em uma cela individual com banheiro. A Secretária de Justiça do governo da Catalunha não divulgou detalhes da transferência.

Um dos principais argumentos do governo catalão para a transferência de Alves é o de evitar a exposição do jogador, que é muito famoso na região, o que poderia trazer riscos para a sua segurança.

O presídio de Brians 1, para onde o brasileiro havia sido enviado na sexta-feira (20), tem mais presidiários, e as celas são maiores - portanto, compartilhadas com mais pessoas.

Já o presídio de Brians 2 tem celas menores e até individuais e costuma abrigar condenados "famosos". Foi nesse centro presidiário que o norte-americano John McAfee, o conhecido criador do antivírus para computadores McAfee, foi encontrado morto em 2021.

John McAfee havia sido preso por suspeitas de fraude fiscal e aguardava no presídio extradição para os Estados Unidos.

O complexo penitenciário fica no município de Sant Esteve Sesrovires, a 40 quilômetros do centro de Barcelona.

Uma das celas do presídio Brians 2, na Catalunha, para onde o brasileiro Daniel Alves foi transferido enquanto aguarda julgamento por suposto estupro em Barcelona.  — Foto: Secretaria de Justiça da Catalunha

Uma das celas do presídio Brians 2, na Catalunha, para onde o brasileiro Daniel Alves foi transferido enquanto aguarda julgamento por suposto estupro em Barcelona. — Foto: Secretaria de Justiça da Catalunha

Troca de advogado

Fontes da família de Daniel ouvidas pela rede de TV espanhola TVE disseram que estudam trocar os responsáveis pela defesa do brasileiro.

Segundo a TVE, o advogado Pau Molins, que defendeu o ex-presidente do Barcelona, Sandro Rossell, no julgamento do caso sobre supostas irregularidades e fraudes na transferência de Neymar do Santos para o Barcelona, foi procurado pela família.

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O g1 entrou em contato com o escritório do advogado, que informou ainda ter confirmação sobre se o advogado assumiria o caso até a última atualização desta notícia.

A Justiça catalã disse ainda não ter recebido nenhum comunicado da defesa de Alves sobre a suposta troca de advogados.

Entenda a prisão

O jogador brasileiro, que já vinha sendo investigado pela polícia e, depois, pela Justiça da Catalunha desde início de janeiro, foi preso preventivamente na sexta após ter ido prestar depoimento sobre o caso à polícia de Barcelona.

Ele foi detido no meio do depoimento e colocado à disposição da Justiça. Enquanto ele aguardava uma decisão, a Promotoria catalão entregou à juíza do caso um pedido de prisão preventiva sem fiança, com o argumento de alto risco de fuga, já Alves reside em outro país e teria meios financeiros para deixar a Espanha de avião.

A imprensa espanhola também divulgou detalhes do depoimento tanto de Daniel Alves como da suposta vítima:

  • A denunciante disse que, por volta das 2h da manhã, foi com duas amigas à boate 'Sutton' e foi convidada por amigos para entrar na área VIP;
  • Lá estava o jogador, que teria inicialmente paquerado de forma inconveniente a suposta vítima e outras mulheres;
  • Por volta de 4h da manhã, ela foi até o banheiro e o jogador foi atrás dela;
  • A mulher disse que ele falava coisas em português que não conseguia entender;
  • A vítima disse que Alves agarrou com força a mão dela e a colocou sobre seu pênis;
  • Após isso, ela tentou sair de lá, mas foi impedida pelo jogador;
  • Alves teria sentado em um vaso sanitário e a obrigado a sentar em seu colo;
  • Ao resistir, ele a teria jogado no chão e a forçado a fazer sexo oral nele;
  • Como ela reagiu novamente, Alves bateu nela, a levantou do chão e a penetrou com força até ejacular;
  • Depois, o jogador teria dito para ela ficar ali, que ele iria sair primeiro do banheiro.

 

(g1)

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