O adolescente acusado de atacar quatro professoras e matar um delas, na escola estadual Thomazia Montoro, na cidade de São Paulo, será internado provisoriamente em uma unidade da Fundação Casa. A decisão foi tomada pelo Tribunal da Justiça de São Paulo (TJ-SP) nessa terça-feira, 28, após um pedido do Ministério Público.
De acordo com o Estatuto da Criança e Adolescente (ECA), ele pode ficar internado por, no máximo, por 45 dias. Após esse período, segundo o g1 - São Paulo, poderá cumprir medida socioeducativa de até três anos.
Durante a sentença, o juiz da 3ª Vara Especial da Infância e Juventude disse que "os atos infracionais são gravíssimos e foram praticados no ambiente escolar, no interior de sala de aula e na presença de outras crianças e adolescente, de forma supostamente premeditada."
"Necessária, no caso, a segregação cautelar do adolescente durante o
curso da presente ação socioeducativa, a fim de retirá-lo do ambiente
delitivo e possibilitar o início de sua reestruturação em local
adequado, com acompanhamento, recebimento de orientação psicológica,
pedagógica e profissionalizante", complementa.
De acordo com o Ministério Público de São Paulo (MPSP), a atitude do adolescente colocou em risco todos os alunos e funcionários da escola e, por conta disso, as “circunstâncias evidenciam a impossibilidade, por ora, do jovem permanecer em convívio social”. O garoto foi ouvido pelo MPSP na tarde desta terça-feira, 28.
Segundo a Folha de S. Paulo, um colega do autor do ataque disse que, dias antes do caso, ele teria proferido uma série de xingamentos racistas enquanto discutia com um outro aluno e já fazia avisos prévios do ataque.
(O Povo)