O volume de água aportado nos reservatórios até aqui foi da ordem de 9,105 bilhões de metros cúbicos. A reserva hídrica atual corresponde a 49% da capacidade total dos 157 reservatórios monitorados pela Cogerh.
A Região do Baixo Jaguaribe está com os reservatórios com 100% da sua capacidade.
As regiões do Acaraú, Coreaú e Litoral estão com volumes acima de 90%. Já as regiões do Salgado, Serra da Ibiapaba e Alto Jaguaribe estão com mais de 60% das reservas.
Enquanto isso, as regiões do Curu e Sertões de Crateús passaram para o estado “em alerta“, que é quando as reservas marcam entre 30% a 50% de volume.
Só a bacia do Médio Jaguaribe se mantém em estado “crítico”, com volume abaixo de 30%.
Castanhão, Orós e Banabuiú
Os três maiores açudes cearenses seguem com bons aportes, atingindo os maiores níveis dos últimos anos. O Açude Orós, por exemplo, chegou a 4,7% no começo de 2020 e, agora, atingiu a marca dos 63,02%, melhor número desde março de 2013.
O Açude Banabuiú chegou a estar praticamente seco entre 2015 e 2018, no auge da seca, e hoje possui 37,70%. A reserva mais que triplicou em menos de um mês em 2023.
Já o gigante Castanhão estava com 30,89% em 2018 e continua recuperando volume, que agora bate 29%, maior percentual desde dezembro de 2014.
Açude Araras
O açude Araras, localizado no município de Varjota, na Região Norte do Ceará, chegou a 100% de sua capacidade. O Araras é o quarto maior reservatório do estado e tem capacidade para armazenar até 859 milhões de metros cúbicos de água.
A barragem sangrou pela última vez há quase três anos, no dia 26 de abril de 2020. Antes de 2020, o açude havia sangrado nos anos de 2011, 2009 e 2004.
Segundo a Cogerh, o Açude Araras fica próximo ao rio Acaraú, que corta os municípios de Pires Ferreira, Hidrolândia e Santa Quitéria. A água do açude é usada para atividades ligadas a piscicultura e serve também para o abastecimento humano nas cidades de Reriutaba, Ipu, Hidrolândia e Varjota.
O reservatório foi construído em 1951 pelo Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) e desde então possui grande relevância socioeconômica para a região norte do Ceará.
G1