Idosa comemora aniversário de 100 anos na semana do Dia das Mães em RR: 'mais feliz que nunca'

 

Celciana da Conceição completou 100 anos na semana do Dia das Mães — Foto: Caíque Rodrigues/g1 RR
 

Celciana é natural do município de Imperatriz, no estado do Maranhão. Veio com a família para Roraima em 2004 e, desde então, vive rodeada de netos e bisnetos. Ela comemorou o centenário na última quarta-feira (10), com uma festa de aniversário promovida pelo projeto Cabelos de Prata, da prefeitura de Boa Vista.

Celciana da Conceição completou 100 anos na semana do Dia das Mães — Foto: Caíque Rodrigues/g1 RR

Disposta e ainda ativa, Celciana gosta de caminhar, varrer o quintal e -- como disse a família -- "encrencar" com os bisnetos. Ela não consegue esconder a emoção de estar com a família na semana das mães.

"Está bom. Estou muito alegre está com meus netos, bisnetos, tataranetos aqui. Uma felicidade muito grande, sou mais feliz que nunca hoje", disse a centenária.

O aniversário de Celciana aconteceu no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), no bairro Bela Visa, e reuniu parte da família. Ela é a mais antiga integrante do programa Cabelos de Prata. O evento contou até com música ao vivo.

A família da dona Celciana esteve presente na festa de aniversário da matriarca

Os 100 anos da aposentada foram tão importantes que até a parte da família, que ainda mora no Maranhão, veio para Roraima apenas para comemorar a vida da matriarca, como é o caso do neto Reginaldo Morena, de 39 anos. Ele é pedreiro no Maranhão e trouxe o filho e a esposa para conhecer sua avó.

"A emoção é muito grande porque eu já estava há oito anos sem vir aqui. O sentimento é muito grande, principalmente agora no aniversário de 100 anos. Espero que venha mais ainda, com fé em Deus. A felicidade é enorme", disse o neto.

Parte da família da centenária Celciana da Conceição que mora no Maranhão — Foto: Caíque Rodrigues/g1 RR

Dia das Mães especial

Agora com 100 anos, a família de Celciana prepara uma confraternização especial neste domingo (14) com parte dos parentes, inclusive a mais nova integrante, a pequena Ágatha Sophia, de 2 anos, a quarta tataraneta da matriarca.

Sua mãe é a jovem estudante de enfermagem Daniele Rodrigues, de 19 anos. Ela é filha da auxiliar de cozinha Antonieta Moreno, de 38 anos, neta de Celciana, que, por sua vez, é filha da filha caçula da centenária, a dona de casa Luzinete Morena, de 59 anos.

Celciana da Conceição com sua filha, sua neta, sua bisneta e a tataraneta no colo

Para Luzinete, a emoção de ver a mãe atingir a marca de 100 anos e saudável é indescritível. Ela destaca que a matriarca ajudou na criação dos netos e bisnetos e, agora, consegue acompanhar o desenvolvimento dos tataranetos.

"O dia a dia dela é brigando com o neto, puxando orelha, limpando quintal. Quando não vem nenhum ela diz 'ah que não vem ninguém aqui hoje me ver. Se fica só acha ruim, quando está rodeada de netos manda ir embora, ela se estressa, 'vão embora pra casa de vocês rapaz'. Mas ela ama todos", brinca a filha mais nova da centenária.

Já para Antonieta, estar presente com a sua neta e a sua avó é algo inacreditável. Ela descreve como um "imenso privilégio" ter a oportunidade de presenciar esse encontro geracional.

"É muito gratificante ter ela esse tempo todo com a gente... Minha família toda reunida, apesar de tudo estamos unidos e é muito um privilégio estar aqui com ela sempre. Eu estou acompanhando e está sendo incrível".

Agatha Sophia é a primeira filha de Daniele Rodrigues, bisneta de Celciana da Conceição

Ágatha é a primeira filha de Daniele. De acordo com ela, as criações são diferentes, pois a maneira como as mães tratam os filhos mudou a medida em que os anos foram passando, mas permaneceu o carinho passado de geração para geração.

"A gente nunca imagina que nossos filhos vão conhecer os tataravós, isso é muito difícil de acontecer. Eu estou muito feliz que porque ela tem avó, tem a bisavó e tem a tataravó. Vão ser três, quatro gerações, amanhã no dia das mães. As gerações mudam a gente sempre pega um pouquinho de cada, se junta e dá algo bom", diz a estudante.

G1

 

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