'Muitos empregos vão desaparecer com IA', diz criador do ChatGPT em evento no Brasil

Sam Altman, cofundador da OpenAI.  — Foto: REUTERS/Lucy Nicholson/File Photo
Sam Altman, cofundador da OpenAI. — Foto: REUTERS/Lucy Nicholson/File Photo

 

Em sua primeira passagem pelo Brasil, Sam Altman, cofundador da OpenAI (dona do ChatGPT), disse que a inteligência artificial será responsável pelo fim de alguns empregos, mas, para ele, a tecnologia ainda vai aprimorar muitas profissões.

Na última quinta-feira (18), Altman esteve no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, para participar de um evento fechado sobre "O Futuro da IA e o Brasil", promovido pela Fundação Lemann.

Quando questionado pela cientista e pesquisadora brasileira Nina da Hora sobre os impactos negativos que a IA pode ter sobre os empregos, o criador do ChatGPT disse:

"Achamos que muitos empregos vão desaparecer [com a IA], isso acontece em toda revolução tecnológica, mas muitos empregos vão melhorar. Em geral, eu acho que vamos ver impacto em todos os lugares. A sociedade pode regulamentá-la, mas não vai impedir isso de acontecer".
(Da esquerda para a direita) Denis Mizne, diretor executivo da Fundação Lemann, Sam Altman, CEO da OpenAI, Nina da Hora, cientista da computação, e Felipe Such, lead engineer da OpenAI — Foto: Divulgação/Fundação Lemann
(Da esquerda para a direita) Denis Mizne, diretor executivo da Fundação Lemann, Sam Altman, CEO da OpenAI, Nina da Hora, cientista da computação, e Felipe Such, lead engineer da OpenAI — Foto: Divulgação/Fundação Lemann


Empregos que devem desaparecer

"Muitos serão substituídos por algoritmos que automatizam essas funções ou, então, por autosserviço, como caixa do supermercado e caixa do banco", explica o professor associado da Fundação Dom Cabral, Carlos Arruda.

Já entre as profissões com alta demanda nos próximos 4 anos estão especialistas em inteligência artificial, aprendizagem de máquina, big data, segurança da informação, professores e pessoas que trabalham com energia renovável.

Regulamentação da IA

"Não vou ser ingênuo e fingir que isso [a regulamentação] é uma coisa fácil de fazer. Mas temos que tentar”, disse Altman durante o evento no Rio. "A gente tem que focar agora nos prejuízos que podem surgir e garantir que não tenhamos grandes erros que possam impactar negativamente o mundo", completou.

Ele também disse que se sente feliz ao notar que as pessoas estão mais abertas para refletir e discutir sobre como a inteligência artificial pode ser inserida na sociedade. "Estou viajando pelo mundo por uma série de motivos, um deles é ouvir as pessoas que usam a tecnologia em contextos diferentes e sair da nossa bolha". 

 

(g1)

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