Velório do missionário brasileiro encontrado carbonizado no Quênia será no Brasil

 O missionário Francisco morava no Quênia com a mulher desde 2017. — Foto: Reprodução

 

O velório e o sepultamento do missionário brasileiro Francisco Antônio Chagas Barbosa será no Brasil, de acordo com Nilson Cezar, um dos diretores da Missão Cristã Mundial, organização pela qual o pastor prestava serviços. Segundo Nilson, a organização e familiares esperam o resultado de DNA para só depois organizar o velório e sepultamento.

"O momento agora é esperar o teste de DNA. Será feito esse procedimento primeiro para só depois realizarmos o translado. O velório acontecerá no Brasil, mas não temos informações do local", afirmou ao g1.

Francisco nasceu no município cearense de Varjota, que fica a cerca de 220 quilômetros de Fortaleza. Francisco deixa esposa e uma filha que moravam com ele no Quênia.

O corpo dele foi encontrado na capital queniana, Nairóbi, em um carro incendiado. Ele fazia missões no país africano desde 2011. A primeira vez foi a convite de um pastor amigo.

Pastor brasileiro morava no Quênia com a esposa e uma filha. — Foto: Redes sociais/Reprodução
Pastor brasileiro morava no Quênia com a esposa e uma filha. — Foto: Redes sociais/Reprodução


O pastor cearense já havia sofrido outros episódios de violência, no Sudão do Sul e no Quênia. No mais recente, que ocorreu há cerca de três anos em Nairóbi, capital do Quênia, Francisco ficou em cárcere por cerca de seis horas e foi espancado.

Nas redes sociais, ele administrava um perfil onde publicava diversas fotos e vídeos em missões no país africano.

Ataques anteriores

Francisco Antônio Chagas Barbosa já havia sido vítima de sequestro e espancamento, conforme Nilson Cezar.

"A polícia foi informada desse segundo. Apanhou muito, mas liberaram ele, que ficou bastante machucado. Inclusive, ele mancava de uma perna por causa disso. Mas, ele seguia firme no chamado, cuidando de viúvas, órfãos, refugiados das guerras dos países próximos. Fazia um trabalho excepcional", disse o diretor ao g1.

Ainda conforme o gestor, esse tipo de ataque não é tão incomum, já que o trabalho de missionários apresenta riscos. "Principalmente em zonas de conflitos. O trabalho da MCM é ir nos confins da terra. Temos essa perspectiva de realmente ir em áreas que são conflituosas", afirmou.

Segundo Nilson, ainda não há informações sobre a motivação da morte de Francisco. As investigações continuam.

Pastor achado morto

O missionário brasileiro foi morto a tiros e depois teve o carro carbonizado em Nairóbi, capital do Quênia.

De acordo com informações da Missão Cristã Mundial, organização pela qual o pastor prestava serviços, ele desapareceu ainda na quarta-feira (7). Ele saiu para ir ao supermercado, mas não retornou.

“Seu carro foi visto por volta das 21h, sendo dirigido em alta velocidade, aparentemente, por um grupo de jovens quenianos. Infelizmente, ele já passou por uma situação semelhante em outra ocasião.”, disse a igreja.

Na manhã deste sábado (10), a Missão Cristã Mundial confirmou ao g1 Ceará que ele foi encontrado sem vida. 

 

 

 (G1/CE)

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