Família de economista morto em colisão cobra prisão de empresária envolvida em acidente

Economista morreu em acidente em Fortaleza, e família cobra prisão de empresária envolvida na colisão — Foto: TV Verdes Mares/Reprodução
Foto: TV Verdes Mares/Reprodução

 

No momento do acidente, ocorrido no cruzamento da Avenida Rui Barbosa com Rua João Carvalho, Cláudio estava acompanhado de uma amiga universitária, de 31 anos. Com a batida, o banco do Cláudio saiu do lugar e deslocou para o da passageira. Os dois ficaram presos às ferragens e foram retirados pelos bombeiros, mas o economista morreu no local.

O carro do Cláudio foi arrastado por quase cinquenta metros e só parou em um muro, tamanho a velocidade que estava a condutora envolvida. Não dá para a gente dizer que foi um crime culposo, que não teve intenção, porque na hora que você bebe, na legislação, você não pode dirigir. Na hora que eu dirijo eu assumo o risco. Então eu só vejo uma conduta dolosa, criminosa e ela deveria sim ter permanecido na cadeia.

A universitária está internada no Hospital Instituto Doutor José Frota (IJF), com fraturas na costela e uma perfuração no pulmão.

Empresária presa e liberada em seguida

A condutora do outro veículo, a empresária Hermelinda Raquel Rebouças da Silva, de 41 anos, apresentou resultado positivo para o teste de bafômetro, segundo a Secretaria da Segurança. Ela foi presa, autuada em flagrante por embriaguez ao volante, mas em seguida foi liberada pagando fiança de R$ 2 mil.

O advogado João Victor Duarte, que representa a empresária, nega que a mulher tenha ingerido bebida alcoólica.

A senhora Raquel não estava embriagada naquela oportunidade, conforme atestou o exame de contraprova requerido pela defesa e realizado pela Perícia Forense do Ceará, que indicou a inexistência de qualquer sinal de embriaguez ou de ingestão de álcool.

— João Victor, advogado da advogada envolvida no acidente

De acordo com o advogado, não "se pode falar em hipótese de homicídio", pois as câmeras de segurança registraram que o veículo do economista ultrapassou o sinal vermelho.

"Não se pode falar em qualquer hipótese de homicídio por parte da senhora Raquel, seja ele doloso ou culposo, ou ainda em eventual pedido de prisão. Considerando especialmente que não foi ela que causou o acidente. Conforme atestam as câmeras de segurança existentes no local, a senhora Raquel transitava normalmente pela via, quando em um cruzamento foi surpreendida pelo veículo Voyage que ultrapassa o sinal vermelho, viola a regra de trânsito e ocasiona o indesejado acidente", afirmou o João Victor. 

Economista Cláudio Henrique Pereira D'Alencar, de 46 anos, morreu após batida com carro de empresária em Fortaleza. — Foto: Arquivo pessoal
Economista Cláudio Henrique Pereira D'Alencar, de 46 anos, morreu após batida com carro de empresária em Fortaleza. — Foto: Arquivo pessoal



A advogada da família do economista discorda do argumento da defesa da empresária, pois o acidente aconteceu em um horário em que é permitido ultrapassar o sinal vermelho.

"A dinâmica do acidente você percebe que ele ultrapassou o sinal, mas o acidente se deu por volta de 4 horas da manhã, podemos considerar de ruas desertas, onde a legislação do trânsito permite que se ultrapasse o sinal vermelho, com limitação de velocidade", falou Erin Pamplona. 

 

 

 (G1/CE)

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