Foto: Corpo de Bombeiros/ Divulgação |
Um vídeo flagrou o momento do acidente entre dois veículos ocorrido no cruzamento da Avenida Rui Barbosa com Rua João Carvalho, no Bairro Aldeota em Fortaleza, no último dia 30 de julho. O economista Cláudio Henrique Pereira D'Alencar, de 46 anos, morreu devido ao acidente. No outro carro, estava a empresária Hermelinda Raquel Rebouças da Silva, de 41 anos. A polícia disse no local que foi constatada a embriaguez da condutora, mas a defesa dela negou.
No momento do acidente, Cláudio estava acompanhado de uma amiga universitária, de 31 anos. Com a batida, o banco do Cláudio saiu do lugar e deslocou para o da passageira. Os dois ficaram presos às ferragens e foram retirados pelos bombeiros, mas o economista morreu no local.
A universitária foi internada no Hospital Instituto Doutor José Frota (IJF), com fraturas na costela e uma perfuração no pulmão. A família do economista cobrou a prisão preventiva da empresária envolvida no acidente.
Empresária presa e liberada em seguida
A condutora do outro veículo apresentou resultado positivo para o teste de bafômetro, segundo a Secretaria da Segurança. Ela foi presa, autuada em flagrante por embriaguez ao volante, mas em seguida foi liberada pagando fiança de R$ 2 mil.
O advogado João Victor Duarte, que representa a empresária, negou que a mulher tenha ingerido bebida alcoólica. "A senhora Raquel não estava embriagada naquela oportunidade, conforme atestou o exame de contraprova requerido pela defesa e realizado pela Perícia Forense do Ceará, que indicou a inexistência de qualquer sinal de embriaguez ou de ingestão de álcool", disse.
De acordo com o advogado, não "se pode falar em hipótese de homicídio", pois as câmeras de segurança registraram que o veículo do economista ultrapassou o sinal vermelho.
"Não se pode falar em qualquer hipótese de homicídio por parte da senhora Raquel, seja ele doloso ou culposo, ou ainda em eventual pedido de prisão. Considerando especialmente que não foi ela que causou o acidente. Conforme atestam as câmeras de segurança existentes no local, a senhora Raquel transitava normalmente pela via, quando em um cruzamento foi surpreendida pelo veículo Voyage que ultrapassa o sinal vermelho, viola a regra de trânsito e ocasiona o indesejado acidente", afirmou o João Victor.
A advogada da família do economista discorda do argumento da defesa da empresária, pois o acidente aconteceu em um horário em que é permitido ultrapassar o sinal vermelho.
"A dinâmica do acidente você percebe que ele ultrapassou o sinal, mas o acidente se deu por volta de 4 horas da manhã, podemos considerar de ruas desertas, onde a legislação do trânsito permite que se ultrapasse o sinal vermelho, com limitação de velocidade", falou Erin Pamplona.
(G1/CE)