Com 31 mortes, última passagem de ciclone extratropical supera a maior tragédia natural do estado

 Cidades do Vale do Taquari ficaram debaixo d'água com passagem de ciclone — Foto: Maurício tonetto/Secom

 

Chegou a 31 o número total de mortes pela passagem do ciclone extratropical que atingiu o estado desde a segunda-feira (4). Nesta quarta (6), o governo confirmou mais dez vítimas, sete em Roca Sales, uma em Lajeado, uma em Estrela e uma em Cruzeiro do Sul, todas na Região dos Vales.

"Não tem sido um ano fácil para o Rio Grande do Sul. Mas nosso povo é resiliente e forte, e nós vamos estar unidos para superar essa adversidade, com toda a estrutura, com os servidores públicos, os militares, civis, voluntários, ações, prefeituras, sociedade civil engajada. Cada vida perdida não pode ser reposta, a gente lamenta cada uma delas. Vamos dar todo suporte para essas famílias", afirmou.

Foram 15 óbitos apenas no município de Muçum, na Região Central do estado. De acordo com a Defesa Civil estadual, o Corpo de Bombeiros encontrou os corpos ao vistoriar uma casa nesta terça-feira (5).

Na noite de terça, os corpos foram transportados para o hospital de cidade, e devem ser levados para Porto Alegre. 

Ciclone extratropical de junho

Em junho, o governo estadual havia declarado que a passagem de um ciclone extratropical, que devastou cidades sobretudo no Litoral Norte e na região dos Vales, era o pior desastre natural já registrado no estado nos últimos 40 anos.

Outras seis mortes foram confirmadas entre segunda (4) e esta terça em cidades do Norte do RS e do Vale do Taquari.

Atualização até a manhã desta quarta-feira:

  • 31 mortos;
  • 2.984 desalojados;
  • 1.650 desabrigados;
  • 70 cidades afetadas.

O fenômeno teve origem em um sistema de baixa pressão, que provocou chuvas intensas ao longo da segunda-feira (4). Conforme se deslocou em direção ao oceano, o fenômeno ganhou intensidade. À noite, formou-se o ciclone.

 

 

(g1)

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