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Ex-prefeito Roberto Cláudio conduz encontro do PDT em Fortaleza ao lado do deputado federal André Figueiredo |
Ex-prefeito de Fortaleza e presidente do diretório municipal do
PDT, Roberto Cláudio afirmou nesta quinta-feira, 5, que o comando de Cid
Gomes à frente do diretório estadual da legenda “colocava em dúvida o
natural direito à reeleição” do prefeito José Sarto (PDT).
“O
PDT tem prefeito eleito, é pré-candidato à reeleição com muitas
realizações na cidade. Não era compreensível existir um diretório
estadual que colocava em dúvida e questionamento a natural reeleição de
um filiado que está sentado na cadeira e com uma grande obra em
execução”, disse RC durante encontro da sigla.
Ao lado do presidente André Figueiredo, reempossado como dirigente
estadual trabalhista, o ex-prefeito criticou “manifestações públicas do
diretório contrárias” à recondução do chefe do Executivo municipal em
2024.
“A candidatura à reeleição do Sarto precisa ser um projeto
prioritário para todos do partido”, defendeu RC, aplaudido pelos
presentes na sede da agremiação.
Ainda segundo o pedetista,
“há sentimentos distintos no partido, muitas diferenças, muitas mágoas,
que o tempo tem tratado de decantar”.
“O que existe de fato é uma certa divisão de posicionamento”, avaliou.
Na última segunda, 2, o grupo de Figueiredo destituiu o senador Cid
Gomes da direção do PDT no Ceará, encerrando acordo firmado entre as
duas partes ainda em julho.
Pelo entendimento pactuado, Cid
seguiria dirigindo o partido até dezembro, período após o qual
Figueiredo reassumiria a legenda para dar continuidade aos trabalhos.
O
acerto havia sido uma forma encontrada por Carlos Lupi, ministro da
Previdência e presidente nacional licenciado, de amenizar a crise
política no PDT do Ceará.
Em reunião na sexta-feira que antecedeu a sua destituição, Cid e seu
grupo de pedetistas tinham tentado colocar em votação e aprovar apoio
formal do PDT ao governo de Elmano de Freitas.
Também presente
à agenda naquele dia, Figueiredo pediu para que o ponto fosse retirado
da pauta de debate. Cid consentiu, mas houve bate-boca, e os ânimos se
elevaram.
Em conversa com a imprensa nesta quinta, o
presidente estadual evitou tratar diretamente da mobilização de Cid para
coletar assinaturas e garantir convocação de reunião do diretório, a
fim de eleger uma nova executiva estadual, retomando o controle
partidário.
“Direito deles. Vamos aguardar, há momentos em que é melhor aguardar do que falar”, respondeu Figueiredo aos questionamentos.
De
acordo com ele, “é a segunda vez que marcam reunião” para convocar o
diretório, acrescentando, em tom de brincadeira: “Aliás, nem vi as
assinaturas. Divulgaram? Pode ter 50, 70 ou 80. Já estão aumentando
tanto. Daqui a pouco só eu que não assino essa lista”.
Cid prevê realizar nova votação para escolha do diretório até 16 de outubro, com ampla participação dos delegados estaduais. Em última contagem informada por pedetistas ligados ao senador, o número suficiente já teria sido alcançado.
(O Povo)