Uma igreja do interior de São Paulo foi condenada a indenizar um homem em R$ 10 mil por expor uma suposta traição envolvendo o rapaz durante um culto. O caso também foi filmado e compartilhado nas redes sociais sem a autorização do homem, e atingiu mais de 300 mil visualizações.
A decisão foi proferida pelo juiz Álvaro Amorim Dourado Lavinsky, da 3ª Vara Cível de Salto (SP). O magistrado entendeu que a igreja feriu o direito à imagem, honra e intimidade do homem ao expor a situação vexatória, que pode ter prejudicado sua imagem.
O caso ocorreu em novembro de 2022. O homem, que era membro da igreja, foi abordado pelo pastor durante o culto e acusado de estar traindo sua esposa. O pastor então chamou a esposa do homem para o altar e a confrontou com as acusações.
O homem negou as acusações, mas o pastor continuou o confronto, expondo a situação para a congregação. O momento foi filmado por um dos fiéis e compartilhado nas redes sociais.
O homem entrou com uma ação judicial contra a igreja, pedindo indenização por danos morais. O juiz entendeu que a igreja agiu de forma abusiva ao expor o homem sem a sua autorização.
"A igreja, ao expor a situação vexatória do autor, violou seu direito à imagem, honra e intimidade, causando-lhe danos morais", afirmou o juiz.
A igreja ainda pode recorrer da decisão.