Ex-estagiário de fórum é denunciado por suspeita de passar informação a traficantes

Justiça aceita pedido do MPCE e decreta prisão preventiva de ex-estagiário — Foto: Reprodução
Foto: Divulgação

 

 

O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) denunciou nesta segunda-feira (26) um ex-estagiário do Fórum de Quixadá, no interior do Ceará, pelos crimes de violação de sigilo funcional e associação para o tráfico.

Caio Rodrigo Maciel de Freitas Ribeiro foi preso no dia 20 de fevereiro, quando estava a caminho da faculdade de Direito, por suspeita de fornecer informações de processos a um acusado de integrar o tráfico de drogas na região.

De acordo com o Ministério Público do Ceará (MP), Caio Rodrigo enviou informações de mais de dez suspeitos e acusados. O material era composto por fotos de boletins de ocorrência e termos de depoimento. Os crimes teriam ocorrido em fevereiro de 2023, via WhatsApp.

Na denúncia, o promotor de Justiça Bruno de Albuquerque Barreto ainda pediu a manutenção da prisão preventiva do suspeito. Na visão do MPCE, a atuação do ex-estagiário era frequente, já que “exercia com habitualidade a função de informante da associação criminosa ligada à traficância de entorpecentes”.

Além disso, o ex-estagiário mantinha relacionamento íntimo com fornecedores de drogas, tratava sobre compra e venda de drogas nas conversas de WhatsApp e sinalizava que estava planejando cultivar plantas alucinógenas.

Sobre a investigação

1ª Vara Criminal de Quixadá, no Ceará. — Foto: Divulgação/TJCE
1ª Vara Criminal de Quixadá, no Ceará. — Foto: Divulgação/TJCEvvv


As investigações chegaram ao suspeito após a realização da Operação Taciturno – Fim dos Tempos, deflagrada no município de Banabuiú. À época, foram apreendidos celulares de pessoas supostamente envolvidas com o tráfico de drogas no Sertão Central.

"A análise dos dados revelou que Caio Rodrigo Maciel de Freitas Ribeiro, na condição de estagiário do Poder Judiciário local, repassava informações sigilosas sobre processos judiciais, favorecendo-se do acesso aos sistemas.", apontou o Ministério Público.

O g1 tentou identificar a defesa de Caio, mas não conseguiu localizar até a publicação desta matéria. 

 

 

(g1)

 

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