Acusado de morte no IJF já havia dito a namorada que 'mataria e arrancaria a cabeça' por ciúmes

 prisão de homicida

 

O motoqueiro por aplicativo e auxiliar de cozinha Francisco Aurélio Rodrigues de Lima, de 41 anos, já havia feito ameaças para a namorada dele, que trabalha no Instituto Doutor José Frota (IJF) antes de matar e decapitar um copeiro do hospital identificado como Francisco Mizael Souza da Silva. A reportagem apurou que o autor do crime, meses antes de praticar o homicídio bárbaro na manhã desta terça-feira (23), havia ordenado que a namorada largasse o emprego, mas como ela se recusou, ele disse que "ela só sossegaria quando ele entrasse na cozinha, matasse alguém e arrancasse a cabeça".

A servidora mantinha um relacionamento (namoro) com Francisco Aurélio há um ano e meio. No entanto, a relação era marcada por ciúmes do namorado. Ele, inclusive, já havia dito que a mataria com um tiro.

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Conforme apuração do Diário do Nordeste, Aurélio tinha ciúmes dela com o copeiro Mizael e também com outros funcionários do IJF. A reportagem apurou que após o crime a mulher relatou que se Aurélio tivesse chegado e a encontrado conversando com algum colega de trabalho, ele teria matado ela e o colega.

O DN recebeu informações de que a servidora era apenas colega de Mizael e não tinha muita amizade com ele, mas Aurélio tinha ciúmes dele e dos demais colegas de trabalho da namorada.

Tiros

No momento do crime, a servidora estava em seu local de trabalho quando ouviu os primeiros disparos e se escondeu. Após cessarem os tiros, outros funcionários disseram: "mataram o Mizael". Nesse momento, o autor do crime já havia ido embora.  

A reportagem apurou ainda que Mizael foi atingido no corredor que dá acesso ao refeitório. Ferido, correu para dentro da cozinha, onde foi morto e decapitado. Ao saber que Mizael havia sido decapitado, a servidora disse à Polícia que lembrou das palavras do então namorado e, naquele momento, acreditou que Aurélio estava envolvido.

Ele foi reconhecido pelas imagens do circuito interno de câmeras do hospital e acabou preso na tarde, em Aquiraz. Com ele, os policiais encontraram o revólver utilizado para praticar o crime com 4 cápsulas deflagradas, 2 que não funcionaram (bateram catolé) e 7 cartuchos intactos. Além disso, o celular da vítima Francisco Mizael também estava em poder de Francisco Aurélio.

Ameaças

Francisco Aurélio já havia trabalhado no IJF em uma empresa terceirizada como copeiro, de onde saiu em 2022. Ele também já havia sido preso no dia 30 de outubro de 2022, na localidade de Encosta de Baixo, município de Aracoiaba, por ameaçar a então namorada e o pai dela.

Na ocasião, a Polícia Militar foi acionada e, ao chegar ao local, os PMs foram desacatados. Por esse crime, Aurélio foi denunciado pelo Ministério Público do Ceará (MPCE) e aguarda julgamento.

 
 
 
(Diário do Nordeste)

 

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