Peritos da Polícia Federal (PF) e da Polícia Científica do Pará encontraram 27 telefones celulares no interior do barco achado à deriva com nove cadáveres, de possível origem africana, próximo a Bragança (PA), no último sábado (13/4).
Além dos aparelhos celulares, a PF tinha recolhido 25 capas de chuva no interior da embarcação, o que indica a possibilidade de ter pelo menos 25 pessoas no barco.
Em atualização mais recente, a Polícia Federal informou que os telefones foram encaminhados para exames periciais no Instituto Nacional de Criminalística para analisar dados presentes nos chips e nos cartões de memória.
“As possíveis informações extraídas dos celulares, dos seus chips e cartões de memória, em conjunto com ações de cooperação internacional, serão utilizadas para trazer indicativos sobre a identidade dos ocupantes da embarcação”, disse.
Para a corporação, os resultados dessa perícia ajudarão a “trazer indicativos sobre a identidade dos ocupantes da embarcação”.
Corpos serão sepultados temporariamente no Pará
A Polícia Federal também informou que os nove corpos dos ocupantes do barco serão temporariamente sepultados em Belém, capital do Pará, “até que as identidades tenham sido estabelecidas e as famílias das vítimas possam ser formalmente comunicadas”.
Indícios mostram a possibilidade de o barco ter saído da Mauritânia, na África. A rota teria sido desviada ao Brasil devido à ação de uma corrente marítima. Apesar da estimativa da PF, apenas nove corpos foram encontrados.
“Como a migração de pessoas dos países africanos é uma questão humanitária, que conta com milhares de pessoas desaparecidas, e inexistem dados técnicos estruturados, não é possível estimar o prazo para identificação dos nove corpos”, destaca a PF. A corporação afirmou que “faz todos os esforços” para identificar todas vítimas “no menor tempo possível”.
(Metrópoles)