Vacina contra a dengue começa a ser aplicada no Ceará em maio, diz governador

 Vacina contra a dengue começa a ser aplicada no Ceará em maio. — Foto: Governo do Ceará/Reprodução

"As doses já chegaram ao Ceará e a aplicação da vacina contra a Dengue começará a partir do próximo dia 13 de maio. A data foi definida em acordo com os quatro municípios que receberão os imunizantes, conforme critérios do Ministério da Saúde", disse o governador. Os municípios são:

  • Fortaleza: (38.594 doses)
  • Aquiraz: (1.357 doses)
  • Eusébio: (1.410 doses)
  • Itaitinga: (1.017 doses)

As doses contemplam 25% do público-alvo de 10 a 14 anos. "O Brasil é o primeiro país no mundo a oferecer essa vacina no sistema público de saúde. A medida colabora para a redução do número de casos da doença. Mas os cuidados para evitar a proliferação do mosquito Aedes Aegypti devem continuar, eliminando água armazenada que pode se tornar possíveis criadouros", complementou Elmano.

Vacina contra a dengue no Ceará

Agora, conforme o anúncio desta quinta-feira (25) do Ministério da Saúde, Ceará, Alagoas, Sergipe, Piauí, Mato Grosso e Rio Grande do Sul também vão receber o imunizante.

Mosquito transmissor da dengue — Foto: Divulgação

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De acordo com dados da Secretaria de Saúde do Ceará (Sesa), o estado tem ido na "contramão" do cenário nacional. De janeiro a abril, o Ceará teve apenas 2.641 casos de dengue confirmados e um óbito provocado pela doença.

“O que tem acontecido, pelo menos nos últimos oito ou dez anos, é que a transmissão de dengue no Ceará (praticamente em todo o Nordeste) tem se mantido baixa em relação à série histórica”, comentou.

Ele disse que o cenário se tornou mais evidente após a pandemia de Covid-19, com vários casos de epidemias vistos no Centro-Sul do Brasil. Uma das causas prováveis é a expansão do mosquito Aedes aegypti para outros estados ligada ao aquecimento global.

“Durante muitos anos, estivemos solitários nessa situação. O Nordeste era onde praticamente se tinha exclusivamente epidemia de dengue; às vezes, com Rio de Janeiro ou Goiás”, lembrou o secretário

Atualmente, os tipos 1 e 2 de dengue são os que estão em maior circulação. Ambos já causaram epidemias no Ceará, o que contribui para o baixo número de casos no estado, uma vez que a infecção causa, posteriormente, imunidade à pessoa infectada. O secretário, no entanto, disse que não se deve falar em imunidade de rebanho ou coletiva.

“Mas aqui tem uma fração maior da população que não pode ter a doença, em comparação com o resto do Brasil, porque a população já teve [a dengue desses tipos]”, explicou.

G1

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