Ela teve prisão preventiva decretada pelo crime na época, mas no dia 16 de janeiro deste ano a Justiça atendeu pedido de sua defesa e determinou que ela ficasse em prisão domiciliar.
Ainda conforme o Deic, a ação ocorreu nesta sexta-feira (21) por policiais da 5ª Delegacia Patrimônio (Investigações sobre Roubo a Bancos).
A descoberta da central de golpes surgiu durante investigações sobre um grupo que passou a ocupar um imóvel de luxo no Condomínio Paraíso de Igaratá, cidade do Vale do Paraíba.
Segundo denúncias dos vizinhos, aos menos 10 pessoas chegavam e saiam do imóvel com notebooks, fones de ouvido e outros itens eletrônicos.
Como foram as prisões
Equipes do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) fizeram campana nas imediações e logo desconfiaram que o local servia como uma central de golpes. Quando o portão da casa se abriu, os policiais entraram e abordaram os suspeitos.
Seis deles permaneceram no local e não resistiram à abordagem. Os demais foram para os fundos da residência, pularam o muro e fugiram.
Porém, durante a fuga eles se machucaram, sendo alcançados pelos agentes horas depois. Eliane Lopes de Amorim sofreu fratura em duas costelas.
Os feridos passaram por atendimento médico e, posteriormente, foram encaminhados à delegacia.
Apreensões
Na casa, as equipes encontraram 12 notebooks, 18 celulares, cinco fones de ouvido e três veículos. Durante as pesquisas nos computadores, os investigadores encontraram uma planilha com nomes marcados em vermelho, sendo que apenas um estava verde.
Um dos agentes ligou para a vítima, uma juíza de 76 anos do estado do Rio de Janeiro. A mulher informou que os golpistas transferiram quase R$ 50 mil de sua conta. Um dos suspeitos se passou pelo gerente da idosa e conseguiu os dados para movimentar sua conta.
Ainda nos computadores, a equipe encontrou roteiros de orientação aos executores operacionais para fazer com que as vítimas caíssem no golpe.
Os detidos, sendo seis homens e seis mulheres, foram encaminhados à Delegacia de Polícia de Igaratá, onde permaneceram presos. O caso foi registrado como furto, associação criminosa, desobediência e apreensão de objetos.
Sequestro de Marcelinho Carioca
Entre os réus está Eliane Lopes de Amorim, de 30 anos. Ao ser presa em 2023, ela contou à polícia que estava desempregada e tinha se encontrado com o amigo Jones Santos Ferreira horas antes de Marcelinho e Taís serem encontrados.
Eliane de Amorim, Thauannata dos Santos, Wadson Fernandes e Jones Ferreira
Na ocasião, o "amigo de longa data", como ela mesma descreveu, pediu conta bancária "emprestada" para um "negócio" e precisava sacar o dinheiro. Jones teria dito que pagaria a ela. No entanto, ela nega ter recebido valores.
Eliane foi indiciada por associação criminosa, receptação e lavagem de dinheiro. No dia 16 de janeiro deste ano Eliane conseguiu a conversão da prisão preventiva em prisão domiciliar, por conta dos dois filhos menores de 12 anos e por não ter ficha criminal.
G1