O caso aconteceu em local próximo à Escola Estadual Dagoberto Nogueira da Fonseca, no bairro Suarão. Informações sobre o estado de saúde da vítima e a motivação para as agressões, porém, ainda não foram divulgadas oficialmente.
A mulher acrescentou que os agentes continuaram no local quando a estudante foi agredida fora da escola, porém, não fizeram nada para impedir. "Deixaram a briga rolar. Não é a primeira vez que acontece briga tanto dentro quanto fora. Está acontecendo frequentemente", afirmou ela.
Procuradas, a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) e a Polícia Militar (PM) não se posicionaram sobre o caso.
A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP), informou que um supervisor de ensino será enviado à unidade para averiguar todas as denúncias
Estudante é agredida com socos, chutes e pauladas por meninas próximo à escola em Itanhaém (SP)
Insegurança
Um professor da unidade de ensino, que não quis se identificar, contou que a escola tem histórico de brigas, agressões verbais e ameaças feitas aos docentes. Ainda de acordo com ele, placas de carros e celulares são roubados no local.
"Não estamos sentindo vontade de trabalhar pela insegurança e [falta] de respaldo da direção", afirmou o profissional.
O professor acrescentou que "muitos alunos frequentam a escola armados" e fazem uso de entorpecentes na unidade. "Cheiro forte que sentimos na sala de aula. Está havendo pedido de muitas transferências para outra escola", complementou ele.
O profissional considerou que a briga registrada nas imagens foi semelhante e poderia ter desencadeado um 'linchamento' [assassinato de uma ou mais pessoas cometido por uma multidão]. "É a pior escola de Itanhaém. Falta de gestão", pontuou ele.
O delegado Vanderlei Aparecido Cavalcante, do 3° Distrito Policial (DP) da cidade, informou ao g1 que já existe um procedimento instaurado por ato infracional [conduta prevista como crime ou contravenção penal praticada por adolescente] sendo acompanhado pelo Conselho Tutelar.
O que diz o Estado de SP
A Seduc-SP informou, por meio de nota, que um supervisor de ensino será enviado à unidade para instaurar uma apuração preliminar e verificar a conduta dos funcionários, que poderá gerar sanções administrativas.
A pasta também declarou que repudia todo tipo de violência, dentro ou fora do ambiente escolar. Assim que tomaram conhecimento da briga os funcionários acolheram a aluna agredida e os responsáveis foram chamados, ainda de acordo com a Seduc-SP.
A secretaria acrescentou que as agressoras "estão sendo identificadas" e que os responsáveis por elas serão convocados para tomarem conhecimento das medidas disciplinares que serão adotadas. Além disso, a pasta ressaltou que a unidade não tem registro de venda de drogas nas dependências.
Por fim, a Seduc-SP declarou que a escola seguirá trabalhando a cultura de paz, o respeito ao próximo e os bons hábitos por meio de projetos, de palestras e de ações do Programa de Melhoria da Convivência e Proteção Escolar (Conviva-SP), juntamente com um profissional do Psicólogos nas Escolas.
G1