Morto na tragédia de Vinhedo enviou última mensagem à esposa no avião: 'Saindo amor, te amo'

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"Saindo amor. Te amo. Chegar em São Paulo, eu falo", escreveu, às 11h52, o representante comercial Thiago Almeida Paula para sua esposa, Fernanda Góis, na última sexta-feira (9). Às 11h58, o avião em que Thiago estava, o ATR-72, da empresa Voepass, decolou de Cascavel (PR) com destino a Guarulhos (SP). Menos de duas horas depois, a aeronave caiu na cidade de Vinhedo, no interior paulista, matando todos os 62 passageiros.

 Thiago estava no Paraná para participar de uma convenção de vendedores de materiais de construção, e embarcou no aeroporto de Cascavel na sexta-feira com destino a Guarulhos, a partir de onde tomaria outro voo para o Rio Grande do Norte.

Momentos antes do acidente, ele conversou com a esposa, Fernanda, e até enviou uma foto de dentro da aeronave. Segundo Fernanda, o marido tinha reclamado do frio que fazia na cidade, e comemorou quando entrou no avião e encontrou uma temperatura mais amena: "Tá mais quente".

Às 13h40, Fernanda enviou duas mensagens ao marido, perguntando se ele ainda estava voando ou se já tinha chegado. Neste momento, o avião em que Thiago estava já havia caído sobre uma área residencial em Vinhedo. Ela, porém, só soube disso pela imprensa, assistindo telejornais.

Empresários estavam no voo

Raphael Bohne, Wlisses Dutra, Regiclaudio Freitas e Thiago Almeida estão entre vítimas do avião que caiu em Vinhedo — Foto: Reprodução

Entre as 62 vítimas do acidente, estavam três cearenses e o empresário Raphael Bohne, que morava em Fortaleza há 15 anos. Os cearenses mortos no acidente são os empresários Wlisses Dutra, Regiclaudio Freitas e Thiago Almeida Paula.

Regiclaudio era natural de Limoeiro do Norte. Wlisses, de 44 anos, e Thiago Almeida eram naturais de Fortaleza. Regiclaudio e Wlisses eram sócios de uma empresa de venda de materiais de construção no município de Limoeiro do Norte.

Os quatro empresários estavam no Paraná para participar de uma convenção de vendedores de produtos da empresa Ghel Plus, que produz pias, válvulas e lixeiras. A empresa é sediada no município de Ampére.

Em nota, a Ghel Plus lamentou o ocorrido e afirmou que outros participantes da convenção estavam no avião. "Com muita tristeza informamos que nesta hora o nosso empenho está voltado a prestar apoio aos familiares das vítimas que estão entrando em contato com o nosso grupo", publicou a empresa.

 

 

 

(G1)