Mais de 20 crianças dão entrada na UPA de Canindé com suspeita de intoxicação alimentar; merenda escolar é investigada

 




Vinte e duas crianças deram entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Canindé, Sertão Central do Ceará, com sintomas suspeitos de intoxicação alimentar, nessa segunda-feira (17). 

O número de pacientes acometidos com um surto de dor abdominal, diarreia e vômito foi compartilhado, nas redes sociais, pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS), que acompanha o caso e afirmou que fará coleta de amostras para identificar em laboratório as possíveis causas e fontes da contaminação.

"Todas foram prontamente acolhidas, passaram por avaliação médica, os pais receberam orientações sobre os cuidados, hidratação e medicação adequada e evoluíram bem ao longo do atendimento. [...] Todos os casos foram encaminhados para alta", disse a nota.

A Prefeitura de Canindé reforçou que nenhum caso apresentou gravidade ou necessidade de internação hospitalar.

Intoxicação teria acontecido em escola municipal

Especula-se na cidade que a intoxicação teria acontecido em uma creche municipal. Diante da suspeita, a Secretaria Municipal da Educação (SME) afirmou que iniciou uma investigação no Centro de Educação Infantil (CEI) para apurar o ocorrido, com análise do espaço de armazenamento das comidas e da qualidade e validade dos produtos oferecidos aos alunos na merenda escolar.

A Vigilância Sanitária também foi acionada para avaliar as condições de higiene e armazenamento dos alimentos utilizados no preparo da merenda e foi feito contato com a empresa responsável pela distribuição dos gêneros alimentícios. "Os lotes dos alimentos foram recolhidos para averiguação e substituídos imediatamente", garantiu a SME.

Procurado pelo Diário do Nordeste para tratar do caso, o Ministério Público do Ceará (MPCE) informou que tomou conhecimento da situação e que, ainda nesta terça-feira (18), irá instaurar um procedimento na 3ª Promotoria de Justiça de Canindé.

Período chuvoso

Embora a investigação esteja sendo feita, tanto a SMS como a SME alegaram que, durante a quadra chuvosa, é comum que aumente significativamente os casos da chamada "virose da mosca", o que contribui para o aumento nos registros de pacientes com diarreia e vômito, acompanhados na UPA do município.




(Dário do Nordeste)

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