Polícia prende mulher apontada como chefe de quadrilha de golpe 'Boa noite, Cinderela'; ela é suspeita de envolvimento na morte de turista colombiano

 Mulher suspeita de envolvimento na morte do turista colombiano Manuel Felipe Martínez Mantilla é presa no Rio — Foto: Reprodução

Claudia Mayara Alves Soliva é apontada pela Polícia Civil como chefe da maior quadrilha especializada em aplicar o golpe conhecido como “Boa noite, Cinderela” no Rio de Janeiro. Os agentes cumpriram um mandado de prisão preventiva.

No entanto, o motorista percebeu que o colombiano estava passando mal e o levou para o Hospital Estadual Getúlio Vargas (HEGV), na Zona Norte. Manuel foi atendido, mas acabou não resistindo e morreu.

Segundo a polícia, durante o tempo que Manuel passou com a quadrilha e após após sua morte, foram feitas diversas compras com seu cartão de crédito.

Manuel Felipe morreu no Rio de Janeiro aos 33 anos 

De acordo com as investigações, Claudia atuava com outras duas comparsas, além de um homem. A quadrilha frequenta a roda de samba da Pedra do Sal, na Gamboa, Centro do Rio, e também em bares localizados na Lapa.

A polícia afirma que as mulheres integrantes da quadrilha se apresentam aos frequentadores dos estabelecimentos boêmios como garotas de programa. Depois, seguem com elas para a comunidade Parque União, na Maré. Em alguns casos, os criminosos vão para a casa da vítima.

Em seguida, oferecem bebida alcoólica contendo uma substância tranquilizante para a vítima, que ingere e desmaia. De acordo com as investigações, a quadrilha realiza compras com seus cartões de crédito e transferências bancárias com a pessoa desacordada.

"A foto que ela tira com um celular na mão foi feita em uma loja localizada dentro do Complexo da Maré. Esse aparelho veio de uma compra fraudulenta com cartão de crédito da vítima", afirma o delegado responsável pela investigação, Tiago Dorigo.

Claudia responderá por latrocínio consumado e furto praticado em concurso de pessoas. De acordo com a polícia, as investigações continuam apurando as responsabilidades de outras pessoas envolvidas.

A suspeita foi encaminhada à Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap), onde ficará à disposição da Justiça.

Quem era a vítima

Manuel estava de férias no Brasil e trabalhava na pasta do governo colombiano como assessor de macroeconomia. Ele veio para terminar a tese de doutorado que fazia na Unicamp, em São Paulo. 

G1

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