Ceará lidera no país em instalação de cisternas e tecnologias de abastecimento de água

Ceará lidera no país em instalação de cisternas e tecnologias de abastecimento de água
Quatorze unidades da Federação já foram beneficiadas pelo programa em sua retomada / Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
 



O Ceará é o estado que mais recebeu cisternas e outras tecnologias sociais de abastecimento de água desde 2023. Foram 17,7 mil estruturas entregues, o que representa 46% das 40.994 contratações feitas no período. Os dados fazem parte do balanço do Programa Cisternas, retomado pelo governo federal nos últimos dois anos.

De 2023 até abril de 2025, o programa já investiu R$ 679 milhões na construção de 68,4 mil cisternas e sistemas alternativos de abastecimento, beneficiando famílias rurais de baixa renda em diversos estados brasileiros. Criado em 2003, o programa prioriza comunidades afetadas pela seca e pela escassez hídrica, incluindo povos e comunidades tradicionais. Para participar, é necessário estar inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal.

Ao todo, 14 estados foram contemplados com o programa desde a retomada. A meta nacional é entregar 220 mil cisternas até o fim de 2026, beneficiando 905 municípios. Até abril deste ano, 34% da meta foi cumprida, com 68,4 mil estruturas já instaladas.

O investimento total previsto é de R$ 1,7 bilhão, dos quais R$ 500 milhões vêm de um edital lançado no fim de 2024. Esse edital prevê ainda a recuperação de 2,5 mil cisternas com mais de dez anos de uso e a construção de mais 50 mil tecnologias sociais, sendo 46 mil de primeira água, 4 mil de segunda água e 245 cisternas escolares.

Além do Ceará, outros três estados têm mais de 40% das cisternas contratadas já entregues: Rio Grande do Sul, com 248 estruturas (49% das 509 contratadas); Minas Gerais, com 6.764 (46% das 14.570); e Paraíba, com 5.330 (46% das 11.646).

Pernambuco lidera entre os estados com mais de 30% de execução, somando 8,8 mil entregas (39%). Na sequência, estão Bahia (14.642 entregas, 35%), Piauí (6.921, 32%), Alagoas (2.101, 31%) e Rio Grande do Norte (2.619, 31%).

Povo Yanomami

O programa também adotou, em 2024, uma estratégia específica para atender o povo Yanomami. Com investimento de R$ 5 milhões, foram instalados 30 microssistemas comunitários na Terra Indígena Yanomami, no Amazonas. Até março de 2025, seis sistemas já haviam sido concluídos, e outros oito estão previstos até o fim deste ano. As estruturas captam água superficial, fazem o tratamento e distribuem por meio de chafarizes de uso coletivo.

Na retomada, o Programa Cisternas incorporou diferentes modelos de tecnologia, como cisterna de placas de 16 mil litros, cisterna de enxurrada, cisterna calçadão, cisterna escolar de 10 mil ou 52 mil litros, além de sistemas pluviais multiuso autônomos e comunitários.




(GCMais)

Postagens mais visitadas do mês