Dois anos após acidente, motorista que ficou paraplégico em academia voltou a dirigir e fazer exercícios

 

 Dois anos após acidente, motorista que ficou paraplégico em academia voltou a dirigir e fazer exercícios. — Foto: Arquivo pessoal

Dirigir e fazer exercícios eram duas atividades cotidianas quase obrigatórias para o motorista Regilânio da Silva Inácio até agosto de 2023. A rotina mudou após ele sofrer uma lesão grave na coluna e ficar paraplégico. Regi, como é popularmente chamado, foi atingido por um aparelho em uma academia de musculação em Juazeiro do Norte, no Cariri do Ceará. Dois anos depois, ele já conseguiu voltar às atividades, porém, ainda com as limitações necessárias.

Regi trabalhava como motorista de aplicativo, profissão que teve de abandonar. Porém, ele conseguiu adaptar o próprio veículo e dirige, ainda que sem movimentar as pernas. À época do acidente, os médicos chegaram a afirmar que ele tinha menos de 1% de chance de voltar a andar. Ele foi atingido nas costas por um aparelho com 150 kg de carga (veja no vídeo abaixo).

Os movimentos como antigamente ainda não voltaram, mas ele não perde a fé e segue dando um passo de cada vez no tratamento. Ele, inclusive, consegue ficar em pé e se movimentar com a ajuda de um andador e órteses colocadas nas pernas — além da força no próprio quadril.

Aparelho de musculação cai sobre os ombros de aluno

Aparelho de musculação cai sobre os ombros de aluno

“Pego o andador e fico me locomovendo dentro de casa, porque eu tenho uma boa força no quadril. Se for no caso de eu ficar em pé, sem a órtese, eu não consigo. Mas, se eu coloco, que deixa minhas pernas mais rígidas, aí eu consigo”, explicou Regi.

Após o acidente, Regi precisou passar por outro tratamento de uma questão de saúde, que o afastou temporariamente da fisioterapia e da musculação (que ele retornou após quatro meses paraplégico). No entanto, ele, hoje, consegue dirigir o próprio carro até a faculdade onde é acompanhado por fisioterapeutas e para a academia — que ele chama de “segunda casa”.

“Eu tive de fazer um tratamento de escaras, aí eu parei as atividades físicas, as coisas mais pesadas, como academia, fisioterapia mais pesada, mais intensa, eu tive que abandonar. Mas tem uns dez dias, mais ou menos, que eu voltei novamente pra academia, onde é a minha segunda casa”, explicou. Porém, ele nunca voltou à academia onde aconteceu o acidente.

“Aí hoje eu vou pra academia só, vou pra fisioterapia. Consigo fazer um ‘bocado’ de coisa sozinho, só com Deus”, disse Regi.

Ele também comentou que voltou a ter sensibilidade nas pernas, especialmente na esquerda. “Eu sinto mais ela do que a direita. Por exemplo, quando tem local que eu puxo o pelo, eu sinto a dor, eu coloco um copo de café perto, eu sinto o calor do café, água fria, eu sinto. Na perna direita, a sensibilidade é um pouco lenta”, reforçou.

g1 

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