O empresário Joesley Batista, sócio do grupo JBS, e o executivo Ricardo
Saud deixaram a sede da PF (Polícia Federal) em São Paulo por volta das
10h30 desta segunda-feira (11). Os dois delatores, que tiveram a prisão
decretada pelo STF (Supremo Tribunal Federal), foram levados ao
aeroporto de Congonhas, na zona sul, de onde vão decolar para Brasília
no fim da manhã.
Em Brasília, onde devem ficar presos pelo menos até sexta-feira (15), já
que se trata de prisão temporária de cinco dias, Joesley e Saud devem
passar por exame de corpo de delito no IML (Instituto Médico Legal).
Os pedidos de prisão de Batista e Saud haviam sido feitos pelo
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, na sexta-feira (8). No
domingo (10), o ministro Edson Fachin, do STF, acolheu os pedidos. Janot
também havia pedido a prisão do ex-procurador Marcello Miller. Fachin,
no entanto, não aprovou a prisão.
Para o ministro, há "indícios suficientes" de que os dois violaram o
acordo de colaboração premiada ao omitir a participação de Miller no
processo de delação. Fachin afirmou ainda que há indícios de que as
delações ocorreram de maneira "parcial e seletiva".
UOL