Em seu segundo depoimento ao juiz Sergio Moro, titular da 13ª Vara
Federal de Curitiba, a ser realizado na quarta-feira (13), o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem o direito, como réu, de
ficar em silêncio, de mentir ou de dizer que os procuradores da
República mentem ao acusá-lo de receber propina da Odebrecht. E não
poderá ser preso por isso. É o que dizem criminalistas consultados pelo
UOL.
"Lula pode exacerbar em seu direito de defesa. Ele não pode ofender
servidores públicos no exercício de sua função, mas pode mostrar toda a
sua inconformidade em relação à acusação que pesa contra ele", explica o
criminalista paulista Daniel Bialski, que atua em processos da Lava
Jato.
Os advogados afirmam ainda que consideram "mínimas" as chances de que
ele tenha sua prisão preventiva decretada por Moro, mesmo após o
depoimento do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci.
O ex-ministro afirmou que o ex-presidente deu seu aval a um "pacto de
sangue" entre o PT e a construtora Odebrecht, base do escândalo de
corrupção envolvendo a Petrobras.
UOL