O chefe do Estado-Maior Conjunto
das Operações em Apoio ao Plano Nacional de Segurança no Rio de Janeiro,
almirante Roberto Rossatto, disse hoje (22) que as Forças Armadas vão apoiar a
retomada do controle da favela da Rocinha com ações na mata e nas principais
vias de acesso à comunidade para que as forças de segurança estaduais atuem com
mais facilidade.
Segundo Rossatto, diferentemente
das outras ações das Forças Armadas no Rio, desta vez as tropas estão atuando
nos acessos à comunidade atingida e no seu entorno, na vegetação de mata
fechada, com o uso de helicópteros para desembarcar homens do Exército treinados
para fazer o reconhecimento e militares para auxiliar a comunicação da
operação.
O almirante disse que a Estrada
da Gávea divide a comunidade em duas partes: de um lado a Rocinha e do outro o
Vidigal e, por isso, foi feito um cerco modificado, dividindo o terreno, para
que as tropas possam atuar com maior eficácia. As Forças Armadas vão permanecer
na Rocinha por tempo indeterminado, segundo Rossato.
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Militares fazem operação na
favela da Rocinha após guerra
entre traficantes pelo controle
da área Fernando
Frazão/Agência Brasil
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O secretário de Segurança do Rio
de Janeiro, Roberto Sá, disse que os criminosos estão, em sua maioria,
abrigados na mata, mas como a Rocinha é muito grande, eles podem estar
escondidos também em casas na comunidade.
Sobre a declaração do presidente
da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que sugeriu ao Luiz Fernando Pezão a
exoneração do secretário de Segurança, Sá disse que respeita a posição do
parlamentar e que seu cargo pertence ao governador.
Em nota, a assessoria do governo
fluminense defendeu a gestão de Sá na secretaria. “O estado tem trabalhado de
forma integrada com as forças federais, sob a coordenação do secretário de
Segurança, Roberto Sá, que tem sido incansável no cumprimento do dever.”
Balanço
As ações realizadas desde domingo
(17) por policiais da 11ª Delegacia de Polícia (Rocinha), em conjunto com
policiais militares, resultaram na prisão de três pessoas, identificadas como
Edson Gomes Ferreira, Wilklen Nobre Barcellos e Fabio Ribeiro França.
Quatro criminosos morreram nos
confrontos, um deles era Thiago Fernandes Da Silva. Os outros três corpos ainda
não foram identificados, sendo que dois deles foram encontrados carbonizados.
Seis pessoas ficaram feridas e foram socorridas e encaminhados ao Hospital
Miguel Couto.
(Agência Brasil)




