O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes disse nesta
terça-feira (3), depois de participar de um seminário em Lisboa, que
acredita numa "pacificação" do país após o julgamento do habeas corpus
preventivo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, marcado para esta
quarta-feira (4).
A defesa do ex-presidente quer garantir que ele não seja preso, mesmo
após ter sido condenado na segunda instância a 12 anos e 1 mês de
cadeia. Em 2016, o STF decidiu permitir a prisão após a segunda
instância, ou seja, antes que se esgotem todos os recursos possíveis na
Justiça. Grupos a favor e contrários à revisão desse entendimento vêm se
mobilizando nos últimos dias.
"Acredito numa pacificação, não num aumento de conflitos. Talvez um
aumento aqui e acolá, palavras mais duras, palavras de ordem, mas não me
parece que haverá uma sublevação [...] Qualquer que seja o resultado,
pró-execução em segundo grau ou não, me parece que haverá uma
pacificação", afirmou o ministro Gilmar Mendes, quando questionado por
jornalistas sobre a tensão em torno do julgamento.
G1