A tarifa aérea média real no Aeroporto Internacional Pinto Martins,
em Fortaleza, ficou 58,5% mais barata em dez anos, saindo de R$ 990,27
em janeiro de 2008 para R$ 410,71 em igual período de 2018. Os dados são
da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que passou a
disponibilizar ferramenta de consulta online com informações sobre
demanda, oferta e preços dos bilhetes.
Em relação a janeiro de
2017, porém, o valor médio das passagens para voos domésticos, partindo
do Aeroporto de Fortaleza, apresentou aumento de 4,29%. A tarifa aérea
média real passou de R$ 409,07 para R$ 426,64. No comparativo com os
outros estados do Nordeste, a variação foi a segunda menor no período.
Perde apenas para o Rio Grande do Norte, que teve crescimento de 1,35%.
A
média nacional foi de 3,20%. O preço médio dos bilhetes subiu de R$
358,19 para R$ 369,66. Vale lembrar que a alta ocorre justamente no
momento em que as tarifas deveriam estar mais em conta, tendo em vista o
fim da franquia das bagagens na maioria das companhias aéreas do País.
O
presidente da Comissão de Defesa do Consumidor da Ordem dos Advogados
do Brasil Secção Ceará (OAB-CE), Sávio Aguiar, avalia que a queda mais
acentuada das tarifas, em dez anos, se explica por variáveis como maior
quantidade de empresas aéreas no mercado, aumento do número de pessoas
que viajam de avião e ampliação da malha aérea.
“Mas, quando
olhamos para o período mais recente, o cenário é de alta nas passagens. O
que só ratifica o nosso entendimento de que o fim da franquia das
bagagens como medida para redução de preços não surtiu efeito”, observa.
O Povo