Reajuste de energia no Ceará deve ficar abaixo de 10%


Previsto para entrar em vigor no dia 22 de abril, o reajuste na conta de energia no Ceará deverá ficar abaixo do reajuste médio previsto para o Brasil neste ano, que, segundo estimativa da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) deve ficar acima de 10%. "Seguramente o reajuste vem abaixo de dois dígitos. E para os consumidores de baixa tensão o reajuste será melhor do que para os de alta tensão", disse Erildo Pontes, presidente do Conselho de Consumidores da Coelce (Conerge).

O valor do reajuste anual pleiteado pela Enel Distribuição Ceará (antiga Coelce) será homologado pela Aneel durante reunião pública ordinária da agência na próxima terça-feira (17). Até lá, a distribuidora deve continuar as negociações com a agência. "É um reajuste que não deixa a gente 100% satisfeito, mas é melhor do que os reajustes já feitos por distribuidoras de outras regiões do Brasil", diz.

Redução

"O que há ainda é um número provisório, que não deve sofrer grande mudança até a homologação". Em 2017, a Enel Ceará reduziu a tarifa em 0,33% para os consumidores residenciais, mas devido aos gastos com termelétricas no ano passado, em decorrência da seca dos reservatórios hídricos, a expectativa é de aumento em todas as regiões do País.

Das distribuidoras que já fizeram seus reajustes neste ano, para consumidores residenciais, a taxa mais elevada foi de 21,44%, da distribuidora Ampla, do Rio de Janeiro. E a mais baixa foi de 4,04%, da CSPE, de São Paulo. Ao todo, 11 companhias já fizeram seus reajustes.

Ano passado

Considerando todos os consumidores no Estado, de baixa tensão (residencial), média tensão (comercial) e alta tensão (indústrias), o reajuste médio para os cearenses em 2017 foi de 0,15%.
Mas como as últimas bandeiras tarifárias não foram suficientes para cobrir os custos com geração térmica, a conta será paga pelo consumidor neste ano.

Segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), o déficit hidrológico médio de 2017 ficou em 79%, reduzindo em 21% o volume de energia que as hidrelétricas tinham direito de comercializar.

Diário do Nordeste

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