O preço médio da gasolina vendida
em Fortaleza subiu 6,5% ao passar de R$ 4,57 na semana entre os dias 20 e 26 de
maio para R$ 4,87 na semana entre os dias 27 de maio e dois de junho, segundo
dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), que
divulgou na noite do dia (4) a versão mais recente de seu levantamento de
preços. Os dados foram coletados pela Agência em 30 de maio deste ano.
De acordo com a Agência, na
semana entre 20 e 26 de maio, o menor valor encontrado para o litro do
combustível foi R$ 4,49 e o mais caro foi R$ 4,61. Na semana entre 27 de maio e
dois de junho, o combustível foi visto entre R$ 4,82 e R$ 4,89. Foi levado em
consideração para a composição do levantamento o preço do combustível em 24
estabelecimentos na Capital cearense.
Em todo o Ceará, o menor preço ao
consumidor final encontrado pela ANP foi em Caucaia, na Região Metropolitana de
Fortaleza, a R$ 4,55 o litro da gasolina. Já a gasolina mais cara foi vista a
R$ 4,95, em Crateús. No Estado do Ceará, foram colhidos os valores dos
combustíveis em 46 postos.
A ANP também divulgou
levantamento dos preços do Diesel entre os dias 27 e dois de junho. O litro do
combustível mais barato na Capital foi encontrado R$ 3,89, enquanto R$ 4,19 foi
o valor máximo visto no período. No Ceará, o diesel chegou a ser vendido a R$ 3,85
o litro para o consumidor final, a exemplo do combustível comercializado também
na Caucaia. O preço máximo ficou em R$ 4,30, encontrado em Crateús.
O preço do diesel, atrelado às
mudanças no valor final do combustível em decorrência da política de preços
praticada pela Petrobras, foi um dos principais motivos que levaram à
paralisação dos caminhoneiros em todo o País e que durou cerca de 10 dias.
Atendendo às reivindicações dos caminhoneiros e com o objetivo de apaziguar a
situação que gerou uma crise de desabastecimento em diversos segmentos,
afetando de forma mais intensa o fornecimento de combustível e de alimentos, o
Governo Federal prometeu redução de R$ 0,46 nos preços do diesel ao consumidor
final.
A baixa no preço deveria ter
começado a valer ontem em todos os postos do País, mas em muitos
estabelecimentos a situação não condizia com a promessa. Para reduzir os preços
do diesel - e segurar a queda por 60 dias -, serão utilizados R$ 9,5 bilhões do
orçamento federal, sendo 64% são de uma reserva de contingência que o governo
tinha no orçamento, 22% de investimentos que poderiam ser feitos nas estatais e
12% são cortes em despesas.
Diário do Nordeste