Desde que começou, em 1921, o Miss EUA contava com o desfile de roupa
de banho -que, na época, não era bem um biquíni. Quase cem anos depois, a
organização anunciou, nesta terça (5), que os trajes de banho foram
banidos do concurso, que terá sua próxima edição em setembro e elege uma
representante para o miss universo 2019.
"Nós não vamos te julgar por sua aparência exterior", disse Gretchen
Carlson, ex-âncora da Fox News que hoje é presidente do comitê do
concurso. "Nós queremos que mais mulheres saibam que elas são bem vindas
nesta organização", afirmou em entrevista ao jornal Good Morning
America, da ABC.
Carlson foi uma das mulheres a denunciar casos de assédio em 2016,
quando entrou com um processo contra o então presidente da Fox, Roger
Ailes.
"Nós estamos indo adiante e nos envolvendo nessa revolução cultural",
disse ela, acrescentando que o concurso deve focar nas ideias,
inteligência e talentos das candidatas. Gretchen Carlson foi coroada
miss EUA em 1989, pelo estado de Minnesota.
A organização não esclareceu, no entanto, se os concursos regionais
precisarão seguir a nova regra. A mudança faz parte de uma onda de
renovações que vêm acontecendo desde que Carlson assumiu a presidência
em janeiro deste ano, depois de um escândalo envolvendo Sam Haskell, que
teria feito comentários misóginos sobre uma competidora.
No último semestre, a presidente nomeou mulheres para ocupar sete das
nove cadeiras na comissão organizadora do concurso. Além disso, diversas
delas foram indicadas para ocupar cargos mais altos.
Diário do Nordeste