A morte de três suspeitos de envolvimento em assaltos a ônibus e
carros-forte na quinta-feira, 26, em Amontada, a 168 Km de Fortaleza,
foi a motivação dos ataques registrados na sexta-feira, 27, e no sábado,
28. A informação foi divulgada pela Secretaria da Segurança Pública e
Defesa Social (SSPDS), em coletiva na manhã de ontem. Três homens
suspeitos de envolvimento nos atentados foram presos no sábado.
As
ações violentas cessaram ao longo do dia no domingo, mas foram
novamente registradas à noite. Um ônibus foi incendiado e alvejado no KM
23, na localidade de Boqueirão, em Caucaia. Os suspeitos teriam
atiraram ainda contra o Posto Fiscal da Sefaz. No bairro Bonsucesso, em
Fortaleza, a SSPDS confirmou outra ação contra um coletivo.
Antes
dos novos ataques, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros
do Estado do Ceará (Sindiônibus) divulgou que a circulação seria
normalizada hoje, 30.
A secretaria confirmou 18 casos nos dois
primeiros dias. E mais dois na noite de ontem. Segundo O POVO apurou,
foram pelo menos 20 entre sexta e sábado. Segundo André Costa, titular
da pasta, dez suspeitos foram encaminhadas para ao Departamento de
Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Gean Patrick Aguiar Lima, 19, foi
capturado na tarde de sábado com um galão de gasolina, no Bairro Vila
Ellery. Oderison dos Anjos Oliveira, 19, foi preso ao infringir o
perímetro pertimitido pelo uso de tornozeleira eletrônica, na Sapiranga.
Pedro Henrique Mesquita de Sousa, 27, foi apreendido no Cristo
Redentor,com uma arma de fogo calibre 12 de fabricação artesanal.
Os
outros sete suspeitos ouvidos não foram presos por falta de “elementos
para flagrante” mas continuam sob investigação. “Temos filmagens
envolvendo os presos. Temos outras pessoas identificadas que ainda estão
nas busca”, disse. Além do depoimento dos apreendidos, outros elementos
da investigação conforme Costa, confirmam a ligação entre as mortes e
os ataques.
“Os envolvidos na ocorrência (em Amontada) eram
pessoas com largos antecedentes criminais, uma história longa no crime,
tinham uma certa posição de chefia ligada a um grupo criminoso aqui no
Ceará e, por conta disso, houve essa reação. Exatamente pelo grau de
importância que eles tinham dentro da organização criminosa”, explicou o
secretário sobre a motivação. Francisco Adriano Martins da Silva, 33,
conhecido como Macumbeiro, Francinei Nobre da Silva, 46, o Gangão, e
José Sílvio dos Santos Vieira , 39, mortos na quinta-feira, estavam
foragidos e com mandados de prisão em aberto.
O Povo