Instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) aumentaram
as estimativas para a inflação neste ano e em 2019. A informação consta
do boletim Focus, publicação elaborada semanalmente pelo BC, com
projeções de instituições financeiras para os principais indicadores
econômicos. Por outro lado, a projeção de expansão do Produto Interno
Bruto (PIB) – soma de todos os bens e serviços produzidos no país – foi
reduzida de 1,49% para 1,47% neste ano.
A estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)
passou de 4,15% para 4,17%, neste ano. Para 2019, a projeção subiu de
4,10% para 4,12%. Para 2020, a estimativa segue em 4% e, para 2021, foi
ajustada de 3,90% para 3,92%.
Para 2018 e 2019, as estimativas estão abaixo do centro da meta que deve
ser perseguida pelo BC. Neste ano, o centro da meta é 4,5%, com limite
inferior de 3% e superior de 6%. Para 2019, a meta é 4,25%, com
intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%. Para 2020, a meta é 4% e
2021, 3,75%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para os
dois anos (2,5% a 5,5% e 2,25% a 5,25%, respectivamente).
Para alcançar a meta de inflação, o BC usa como instrumento a taxa
básica de juros, a Selic, atualmente em 6,5% ao ano. De acordo com as
instituições financeiras, a Selic deve permanecer em 6,5% ao ano até o
final de 2018. Para 2019, a expectativa é de aumento da taxa básica,
terminando o período em 8% ao ano.
Quando o Comitê de Política Monetária (Copom) aumenta a Selic, o
objetivo é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços
porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.
Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é de que o crédito fique
mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle
da inflação. A manutenção da taxa básica de juros, como prevê o mercado
financeiro neste ano, indica que o Copom considera as alterações
anteriores suficientes para chegar à meta de inflação.
Atividade econômica
A projeção para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de
todos os bens e serviços produzidos no país – foi reduzida de 1,49% para
1,47% neste ano. Para 2019, 2020 e 2021, a estimativa para o
crescimento do PIB segue em 2,5%.
A previsão do mercado financeiro para a cotação do dólar subiu de R$
3,70 para R$ 3,75 no final deste ano e permanece R$ 3,70 no fim de 2019.
(Agência Brasil)