Ouro na Olimpíada Internacional de Química, cearense acumula medalhas em competições


Depois de 20 anos, o Brasil conquistou medalha de ouro na Olimpíada Internacional de Química com ajuda da cearense de 16 anos Ivna Ferreira, estudante do 3º Ano do Ensino Médio em Fortaleza. Foi a terceira vez que a cearense participou de uma olimpíada internacional. No ano passado, na mesma competição, Ivna conquistou prata. 

“Foi muito difícil, eu nunca esperei. Ano passado consegui a de prata, estava esperando outra prata porque era impossível. Nenhum brasileiro tinha conquistado [medalha de ouro] até agora”, diz.
A olimpíada ocorreu na República Checa e na Eslováquia, e os estudantes retornaram ao Brasil no último domingo (29). Após três anos cumprindo as etapas do processo de seleção, Ivna foi uma das escolhidas para competir pelo Brasil e trouxe, junto com outros três brasileiros: Vinícius Armelin, João Victor Pimentel e Orisvaldo Salviano, medalhas de ouro, prata e bronze para o país. 

Desde os 11 anos, a estudante se prepara para competir em olimpíadas. Já passou por competições de matemática, informática, física e robótica, e conquistou medalhas em todas elas. Nas maratonas cearense, brasileira e iberoamericana de química também foi ouro. 

A inspiração da adolescente é a avó, ex-professora de matemática, que a ensinava nos primeiros anos de preparação para as provas de exatas. 


“Comecei a [preparação para] Olimpíada de Química em 2015, no colégio tem aulas voltadas pra isso, me preparei nelas. São muitas aulas por semana e estudo em casa além do conteúdo da sala, [porque] o conteúdo da olimpíada é muito além do Ensino Médio”, comenta a estudante. 

Apesar de ser veterana nas competições, ela conta que ainda não tinha sentido aquele “estalo”. “No 9º ano fui pra [olimpíada] de química e vi que era isso. Nem sabia que dava pra ir tão longe. Quando descobri que podia ir pra competição internacional, resolvi me dedicar”, explica. 

O que a adolescente chama de “estalo” é o encantamento que o estudo da química despertou nela. “Todas as ciências tentam explicar como o mundo funciona, mas o que gosto da química é a abordagem da natureza, você entende uma coisa que você não consegue enxergar. E quando entende, vê o mundo com outros olhos, você pensa em como a matéria está se transformando, entende como as coisas funcionam, sendo que não conseguia enxergar antes”, detalha.



G1

Postagens mais visitadas