O professor Fernando Bezerra Lopes palestra logo mais, às 18h30,
sobre o uso do sensoriamento remoto para monitoramento da qualidade das
águas superficiais, no auditório do Sindicatos dos Engenheiros do Estado
do Ceará.
Durante sua tese de dourado em Engenharia Agrícola pela
Universidade Federal do Ceará (UFC), Lopes desenvolveu uma experiência
piloto no açude Orós, o segundo maior reservatório do Estado, com a
colaboração do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que
funciona em São José dos Campos, São Paulo. “Adquirimos conhecimentos e
voltamos para ajudar a desenvolver uma metodologia para nossa região”,
explica.
No campo, foram coletadas amostras de água do Orós que
foram analisadas e associadas às imagens de satélite registradas no
mesmo dia. São imagens disponibilizadas gratuitamente pelo Inpe e pela
Nasa, a agência espacial americana.
Foram estabelecidos padrões
entre as imagens e as caraterísticas da água, como nível de contração de
clorofila e quantidade de sedimentos. De forma que, analisando os
registros espaciais, o pesquisador tem uma estimativa da qualidade.
“O
monitoramento remoto não vai substituir o tradicional, mas torná-lo
mais eficiente. Ele permite que seja feito um planejamento mais
adequado, priorizando a visita de campo nas regiões onde a qualidade da
água é mais crítica”, explica Lopes.
O professor aponta ainda uma
outra vantagem: a técnica permite uma visão espacial de todo o espelho
de água e não apenas uma análise pontual de onde é coletada a amostra. A
palestra nesta quinta-feira é gratuita e aberta ao público.
(O Povo)