O fenômeno meteorológico El Niño, caso ocorra até o fim deste ano, pode
agravar a seca no Nordeste e consequentemente no Ceará em 2019, segundo
monitoramento da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos
(Funceme). O El Niño é um fenômeno causado pelo aquecimento das águas do
Pacífico e pela redução dos ventos na região equatorial.
Segundo a meteorologista Meiry Sayuri Sakamoto, da Funceme, ainda é cedo
para se falar de estação chuvosa de 2019, mas o estudo meteorológico de
setembro de 2018 mostra uma tendência de aquecimento das águas do
Oceano Pacífico desde o final da estação chuvosa.
“Ainda é muito cedo para gente se falar de estação chuvosa de 2019. Tem a
comparação com anos anteriores. Existe o monitoriamento das águas da
temperatura das águas do Oceano Pacífico e também o acompanhamento dos
modelos de previsão dessas temperaturas. E esses modelos e também o
acompanhamento do monitoriamento que estão mostrando a tendência de
aquecimento das águas do Oceano Pacífico desde o final da estação
chuvosa”.
Meire explica também que a quadra chuvosa 2018 ficou dentro da média
climatológica. Graças a não presença do El Niño, mas sim, da La Niña,
que é o oposto do El Niño. A La Niña deixa as águas do Oceano Pacífico
mais frias.
“A estação chuvosa - a quadra chuvosa 2018 - ela ficou dentro da média
climatológica, mas considerando o ano como um todo a gente está cerca de
16% de desvio negativo. Não tivemos El Niño ano passado. Tivemos na
verdade uma estação chuvosa influênciada pela uma La Niña que é o
contrário do El Niño. La Niña são as águas mais frias”.
G1