Parecia uma sina. Ter Chris
Weidman enfrentando lutadores brasileiros sempre foi sinônimo de tristeza para
os fãs do país. Neste sábado, Ronaldo Jacaré pôs fim à supremacia do americano
contra o Brasil. Depois de ter dificuldades no primeiro round, o manauara
cresceu ao longo da luta e, no terceiro assalto, colocou um direto de direita
certeiro para nocautear o All-American aos 2m46s de luta e reencontrar o
caminho das vitórias.
Com o resultado, Jacaré se
recupera do revés contra Kelvin Gastelum em maio e se coloca novamente perto de
conseguir uma disputa de cinturão, após bater o número 3 do ranking dos
pesos-médios (até 84kg). Weidman, por sua vez, perdeu pela quarta vez nas
últimas cinco atuações.
- Amo Chris, ele é um cara legal
e é um herói, uma grande pessoa. Estou orgulhoso e quero ser o melhor do mundo.
Precisamos nos respeitar, eu e Chris temos muito respeito, mas dentro do
octógono é guerra. Isso é MMA, eu confio nas minhas mãos e fiz meu melhor -
afirmou Jacaré.
A luta
Lutador mais festejado da noite, o nova-iorquino foi o primeiro a agir ao conectar jab e direto. Jacaré dominava o centro do octógono, mas teve dificuldade para encontrar a distância nos primeiros momentos. A torcida gritava o nome do dono da casa, que balançou o rival com uma direita. O brasileiro respondeu com overhand de direita, mas não teve sequência. Com bons jabs, Weidman fez o nariz do oponente sangrar e passou a caminhar mais para a frente no fim do round.
Jacaré voltou com um potente
chute na perna da frente do americano, mas pecava na movimentação de cabeça.
Após receber mais alguns jabs, ele foi para a trocação franca e cresceu no
combate. Sua direita passou a encontrar com mais frequência o rosto de Weidman,
que absorvia e respondia com jabs e diretos. Variando mais os golpes, com
ganchos na linha de cintura e overhands na cabeça, principalmente, Jacaré
minava o rival. Após tentar um chute alto, Weidman o desequilibrou, foi para
cima, mas o brasileiro ficou de pé, com as costas na grade. O All-American
insistiu na pegada, derrubou, mas quase levou a pior após uma bela transição de
Jacaré, que o obrigou a se levantar.
O ritmo se manteve no início do
último round e, na troca franca de golpes, Jacaré colocou duas direitas
poderosas. Weidman dominava o centro do octógono e voltou a apostar com mais
frequência nos jabs, que castigava, o nariz do brasileiro, mas Jacaré não
deixou o americano crescer muito na luta e partiu para cima. Um direto de
direita entrou na cabeça de Weidman, que desabou. O brasileiro esperou o
árbitro interromper, ainda viu o americano segurar sua perna e, sem ação do
juiz, aplicou alguns socos na cabeça até que sua vitória fosse decretada. Fim
do tabu para o Brasil.
Combate