O Ministério da Justiça e
Segurança Pública assinou acordos de cooperação institucional com o FBI e o
Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos para o compartilhamento de
informações sobre a atuação de grupos criminosos e terroristas. As informações
são da Agência Brasil.
Os acordos foram assinados pelo
diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, durante a visita da
comitiva brasileira que acompanhou o presidente Jair Bolsonaro em viagem aos
Estados Unidos -encerrada nesta terça-feira (19).
Segundo a pasta, a iniciativa
visa o combate conjunto ao crime organizado transnacional, intensificando
cooperação já existente entre os dois países.
Os textos assinados ainda não
foram divulgados, mas, de acordo com o Ministério da Justiça, o acordo com o
FBI prevê a troca de informações que permitam identificar as impressões
digitais em investigações criminais. Com o acordo, as respectivas autoridades
do sistema jurídico poderão fornecer informações identificadoras de impressões
digitais obtidas legalmente.
Já o termo de cooperação firmado
com o Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos permite o
intercâmbio de oficiais em programas desenvolvidos pelos países, principalmente
para facilitar a troca de informações sobre ameaças nas fronteiras do Brasil e
dos Estados Unidos.
REUNIÕES
Ainda durante a viagem, o
ministro Sergio Moro se reuniu com autoridades como a secretária do
Departamento de Segurança Interna, Kirstjen Nielsen; com o ministro da Justiça
norte-americano, William Barr, e com o diretor do FBI, Christopher A. Wray
-além de participar do jantar organizado pelo embaixador brasileiro em
Washington, Sérgio Amaral, para o qual foram convidados acadêmicos
norte-americanos e formadores de opinião.
Moro aproveitou os encontros para
falar sobre o projeto de lei anticrime que o governo federal enviou ao
Congresso Nacional, propondo mudanças em várias leis como forma de combater a
corrupção, crimes violentos e facções criminosas.
Também foram mencionadas a
atuação de organizações criminosas no Brasil e as medidas de enfrentamento já
adotadas pelo Estado, como a recente transferência de líderes de organizações
criminosas para presídios federais de segurança máxima, e a importância da
adesão do Brasil à Convenção de Budapeste, tratado internacional firmado no
âmbito do Conselho da Europa para definir os crimes praticados por meio da
Internet.
Além do ministro Sergio Moro,
acompanharam o presidente Jair Bolsonaro aos Estados Unidos os ministros
Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional); Ernesto Araújo (Relações
Exteriores); Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia); Paulo Guedes (Economia);
Tereza Cristina (Agricultura) e o porta-voz Otávio do Rêgo Barros, além de
outras autoridades.