Gabriel Rodrigues Pego, 21 anos, não imaginava que teria a vida
transformada em um domingo de maio de 2017 ao sair com os amigos para
andar de bicicleta em uma pista de mountain bike no bairro Alto da
Riviera, na Zona Sul de São Paulo.
Uma cachorrinha amarela sem raça definida saiu de dentro de um caixote
que estava na rua e o grupo logo se encantou com ela. O filhote passou o
dia brincando com os quatro amigos e até filou o churrasquinho que eles
fizeram. Como era amarela, logo foi batizada de Yellow (amarelo).
“Ela se identificou bastante comigo, ficou ao meu lado o tempo todo,
brincou, corria atrás das pedras que eu jogava. Eu creio que ela me
escolheu, acredito muito nisso, que o cachorro que escolhe o dono, não o
contrário”, relembra Gabriel.
Quando anoiteceu, o grupo de amigos foi embora, mas ainda no caminho
Gabriel não conseguia parar de pensar na filhote amarela. “Fiquei com a
consciência pesada de deixar um animal abandonado, não podia deixar um
ser vivo lá. Voltei, encontrei-a, coloquei-a dentro da camisa e fui
embora com a bicicleta. Foi quando percebi que ela gostava da sensação
de vento no rosto”.
Apesar da resistência inicial do pai de Gabriel para adotar um cão,
Yellow se tornou o xodó da família. “Meu pai era bem complicado nesse
quesito, então eu disse que ela ficaria conosco só por uns dias, mas ela
foi ficando, ficando e foi ganhando espaço e cativando toda a família.
Ela é brincalhona e está sempre sorrindo, então se tornou o xodó lá em
casa, principalmente do meu pai. Quando ele chega em casa nem fala
comigo, vai direto nela”, diz Gabriel.
(G1/CE)