MEC estuda reduzir investimento em faculdades de humanas, diz Bolsonaro

 
 
 
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse hoje que o MEC (Ministério da Educação) estuda "descentralizar o investimento em faculdades de filosofia e sociologia". De acordo com ele, o objetivo é "focar em áreas que gerem retorno imediato ao contribuinte, como veterinária, engenharia e medicina". A retirada de investimento em cursos da área de humanas, segundo o presidente, seria para "respeitar o dinheiro do contribuinte".
 
 
Isso se daria, disse em mensagem publicada em sua página no Twitter, através de ensinar "para os jovens a leitura, escrita e a fazer conta e depois um ofício que gere renda para a pessoa e bem-estar para a família, que melhore a sociedade em sua volta". Segundo o Censo da Educação Superior, as universidades públicas brasileiras oferecem ao todo 72 cursos de ciências sociais, com 10.035 alunos matriculados, e 38 de filosofia, com 4.094 matrículas.
 
 
Durante participação em uma transmissão ao vivo na página de Bolsonaro no Facebook ontem, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, disse achar que "a função do governo é respeitar o dinheiro do pagador de imposto". "Então, o que a gente tem que ensinar para as crianças, para os jovens? São, primeiro, habilidades, de poder ler, escrever, fazer contas". 
 
 
Para ele, outro ponto importante é ensinar um ofício que "gere renda para a pessoa, bem-estar para a família, que melhore a sociedade em volta dela". Sobre a mudança na distribuição de recursos sobre faculdades de humanas, o ministro citou o exemplo do Japão. "Ele [Japão] está tirando dinheiro público do pagamento de imposto de faculdades que são tidas como para uma pessoa que já é muito rica ou de elite, como filosofia", disse Weintraub. "Pode estudar filosofia? Pode, com dinheiro próprio".
 
 
 Segundo o ministro, o Japão tem colocado o dinheiro que seria para filosofia em faculdades que "geram retorno de fato, como enfermagem, veterinária, engenharia, medicina". Weintraub disse que, quem está nos cursos atuais, não precisa se preocupar. O ministro irá ao Congresso em maio para apresentar metas "agressivas", sem indicar quais seriam.
Uol

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