Senadores teriam recebidos ameaças e ofensas após posicionamento contra o
decreto que flexibiliza as regras para posse de armas no Brasil, votado
na última quarta-feira, 12, conforme informou o presidente do Senado,
Davi Alcolumbre (DEM-AP).
O presidente manifestou indignação por meio da sua conta no Twitter, na
última sexta-feira, 14. "É, no mínimo, preocupante que o direito e o
dever do exercício da atividade parlamentar, legitimado pelo voto do
povo, sejam restringidos por meios covardes e, inclusive, de flagrante
injustiça e afronta à segurança dos parlamentares", pontuou o presidente
da casa, que garantiu tomar as providências necessárias para proteção e
a liberdade de expressão dos legisladores.
Um dos citados é o cearense Eduardo Girão (PODE-CE). Além dele, teriam
recebido ameaças os senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Fabiano
Contarato (Rede-ES) e Veneziano Vital do Rego (PSB-PB), de acordo com a
Folha de São Paulo. Todos votaram contra o parecer do senador Marcos do
Val (Cidadania-ES), que era favorável ao decreto de flexibilização do
presidente Jair Bolsonaro (PSL).
O relatório foi rejeitado por 15 votos a 9, e novo texto contrário ao
decreto, elaborado por Vital do Rego, deve ser votado no plenário do
Senado na semana que vem.
A assessoria do senador Eduardo Girão detalhou o ocorrido em nota. "A
assessoria confirma que durante a semana houve casos de comentários
agressivos e ofensivos nas redes sociais. Esperamos que o espírito
democrático prevaleça, e que seja reconhecido que o debate e a
pluralidade de ideias são saudáveis para a nação", diz o texto.
O POVO Online