Um ônibus pegava fogo na Linha
Amarela, em frente ao Nova América, na Zona Norte do Rio, por volta das 6h30
desta terça-feira (17). O veículo estava em chamas perto de uma passarela da
via expressa.
Inicialmente, o trânsito havia
sido bloqueado apenas no sentido Centro, mas por volta das 7h os dois sentidos
da Linha Amarela foram interditados.
Pouco mais de uma hora depois, às
8h20, o sentido Barra da Tijuca foi totalmente liberado, mas havia interdição
parcial aos carros no sentido Centro da Linha Amarela. Às 9h40, a faixa
reversível na via - que seguia parcialmente liberada - foi encerrada.
O congestionamento no sentido
Fundão começava a partir de Água Santa. Já no sentido Barra, os motoristas já
encontravam lentidão desde a Linha Vermelha até o acesso 8, em Bonsucesso.
Rotas alternativas
De acordo com o Centro de
Operações, as opções aos motoristas que seguiam em direção ao Centro eram optar
pela Av. Dom Helder Câmara, até a altura de De Castilho, e seguir pela Estrada
Adhemar Bebiano, Rua Francisco Medeiros e acessar a Linha Amarela pela Av. dos
Democráticos.
Já para quem vai no sentido
Barra, é possível trafegar na via a partir do acesso 4, em Pilares.
Da Zona Oeste para a Zona Norte
Às 8h, a melhor opção para o
motorista era o Alto da Boa Vista, que apresenta boas condições de tráfego nos
dois sentidos. A Autoestrada Grajaú-Jacarepaguá e Lagoa-Barra também eram
opções, porém, apresentavam retenções no sentido Zona Norte e Zona Sul.
Da Zona Norte para a Zona Oeste
Segundo o Centro de Operações, os
motoristas poderiam optar pela Avenida Brasil e Transolímpica.
Na Brasil, o trânsito apresentava
retenções de Irajá até Coelho Neto. Já o trânsito na Transolímpica era lento na
chegada à Avenida Salvador Allende.
Segundo o Centro de Operações
Rio, o congestionamento na cidade dobrou com relação ao registrado nas últimas
semanas. Às 7h30, havia registro de 67 km de retenções contra a média de 30 km
das últimas três semanas.
Na hora do incêndio, uma grande
cortina de fumaça podia ser vista à distância. Às 7h20, o fogo já havia sido
apagado, mas os bombeiros ainda vistoriavam o coletivo devido a possíveis focos
de chamas.
Vistoria na passarela atingida
pelo fogo
Por volta das 7h50, técnicos da
Lamsa vistoriavam a passarela para avaliar as condições da estrutura.
Para o especialista de análise de
risco Gerardo Portela, a parte da passarela onde as pessoas colocam os pés
precisa ser inspecionada.
"A parte metálica só vai ser
afetada se a temperatura ultrapassar 723ºC. A partir de 300ºC, 400ºC, ela
começa a sofrer alguns danos, pois ela começa a dilatar e contrair. Mas só
acima de 700ºC. Pelas imagens, apesar da grande quantidade de fogo, eu não
acredito que tenha chegado aos 700ºC, mas aos 400ºC ou 500ºC, com certeza a
gente tem algum tipo de dano", afirmou.
Segundo a Lamsa, uma avaliação
preliminar indicava não haver risco estrutural, mas o trabalho de vistoria na
passarela continua ao longo do dia e, para a atuação dos técnicos, a circulação
de pedestres também vai permanecer bloqueada.