O ministro
da Saúde, Nelson Teich, disse nesta quinta-feira (30) que não é possível
iniciar a liberação do isolamento social diante da curva de mortes
provocadas pelo novo coronavírus em "franca ascendência".
Ele fez essa afirmação ao explicar que tem diretrizes prontas para
orientação de como gestores estaduais e municipais devem decidir sobre a
manutenção do distanciamento social. Teich disse que o ministério
avalia a forma correta de divulgação das diretrizes, pois há receio de
que as orientações sirvam de base para afrouxamento prematuro das
medidas de distanciamento social.
"A gente tem uma diretriz, a gente tem um ponto de partida. Mas algumas coisas são básicas, não dá para você começar uma liberação quando você tem uma curva em franca ascendência. (...) Tem cidades que nem estão com a curva caindo e já tem flexibilização." - Nelson Teich, ministro da Saúde
"Ninguém está pensando em relaxamento. (...) Neste momento ninguém está
pensando em flexibilizar nada, a gente está desenhando um projeto, uma
diretriz", disse o ministro.
"Se uma diretriz puder soar como recomendação de relaxamento, isso seria muito ruim. Não é o caso" - Nelson Teich
O secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Denizar
Vianna, reafirmou o receio da equipe com o momento de divulgação das
orientações. "No momento onde temos centros urbanos em fase de ascensão
da curva, não é o momento adequado de mostrar isso", disse o secretário.
O ministro avaliou que os novos números, que levaram o Brasil a somar 5,9 mil mortes, não impactam as políticas já desenhadas.
“Não é porque teve alteração no número de mortes que a política vai
mudar. Neste momento, o distanciamento permanece como orientação. E
vamos avaliar cada lugar, cada região, quanto de recurso para atender
pessoas”, disse Teich.
(G1)