A Polícia Civil do Ceará já registrou, até a tarde desta sexta-feira
(26), oito Boletins de Ocorrência (BOs) por crimes sexuais relacionados
com a hashtag #ExposedFortal, que foi uma das mais comentadas das redes sociais nos últimos dias.
Segundo a Polícia Civil, as denúncias vão de crimes de ação penal
pública incondicionada, que tratam de pessoas que tiveram fotos íntimas
expostas sem o seu consentimento (conhecidas como 'nudes'); a crimes
passíveis de representação por parte da vítima, como ameaças, difamação e
calúnia. Entre os casos, há denúncias de alunas contra professores de
escolas da Capital.
No Instagram, um dos perfis usados para divulgar os casos alcançou mais
de 35 mil seguidores. “Ele ficava falando dos meus peitos, dizendo que
eu era 'grandiosa'. Eu não assistia às aulas dele de sábado porque me
senti super desconfortável”, publicou, na rede social, uma jovem, sobre
momentos vividos dentro de uma escola em Fortaleza.
As investigações são realizadas pelas delegacias de Defesa da Mulher de
Fortaleza (DDM-For) e da Criança e do Adolescente (DCA). A Polícia
Civil informou que está ouvindo todos os envolvidos e colhendo materiais
que serão utilizados nas apurações.
A Instituição reforçou a importância das vítimas registrarem o Boletim de Ocorrência, através da Delegacia Eletrônica (Deletron) ou de uma delegacia, presencialmente.
Denúncias no Interior
Após a repercussão da hashtag #ExposedFortal, vítimas de crimes sexuais de outras cidades, do Interior do Estado, criaram os movimentos #ExposedSobral e #ExposedItapipoca, para denunciarem os casos.
Vítimas da Região do Cariri já tinham criado a hashtag #ExposedCariri,
no início de junho, para denunciar abusos sexuais em escolas e
universidades. Os crimes são investigados pelo Ministério Público do
Ceará (MPCE).
A Secretaria da Educação do Ceará (Seduc) também informou que irá apurar as denúncias.
“A Secretaria prestará assistência aos alunos e familiares e acrescenta
a importância de manifestações por meio do canal da Ouvidoria”, diz o
informe.
(G1/CE)