Serviço recebe 15 crianças e adolescentes como medida protetiva antes da reintegração familiar

O Serviço Família Acolhedora oferece um acolhimento temporário a menores carentes desde 2018. As famílias cadastradas não podem ter intenção de adoção e nem permanecer com os assistidos por mais de 1 ano e meio 


Aberto a famílias residentes na capital cearense desde o segundo semestre de 2018, o Serviço Família Acolhedora da Prefeitura de Fortaleza alcança nova fase. No momento, 15 crianças e adolescentes acolhidas pelo programa estão sob os cuidados de grupos familiares cadastrados pelo projeto. O número é um recorde para a iniciativa que segue aberta a pessoas sem intenção de adotar os menores.
Mantido pela Secretaria dos Direitos Humanos e Desenvolvimento Social, ao lado do Gabinete da Primeira-Dama de Fortaleza, Carol Bezerra, o serviço tem a meta de acolher, até o fim de 2020, cerca de 30 crianças e adolescentes.

Desde o início do projeto, 55 famílias já se inscreveram. Das 23 que foram habilitadas, 11 estão a serviço atualmente. As outras 12 aguardam finalizar o processo de capacitação junto a Prefeitura para acolher os menores carentes.  

A gerente do programa, Ana Paula Araújo, esclarece que o acolhimento familiar é uma medida de proteção às crianças e adolescentes que, por um determinado período, foram afastados temporariamente de suas famílias de origem.

"Difere totalmente de um processo de adoção. Porque (a adoção) tem um cadastro específico e é para o fim de família substituta. Como a acolhedora é temporária, essa iniciativa é para preparar a criança ao retorno a sua família de origem ou a substituta que venha adotá-la", pontua Ana Paula. 

Duração

Conforme o Estatuto da Criança e do Adolescentee (ECA), a medida protetiva não pode durar mais de 18 meses. O acolhimento temporário ainda lida com crianças e adolescentes de 0 a 18 anos, que geralmente sofreram alguma violação de seus direitos, abandono, negligência ou maus tratos.

"Durante o período de acolhimento familiar, eles permanecem sob esses cuidados e, após todo o trabalho, estarão prontos para a reintegração familiar ou encaminhamento pra adoção", complementa Ana Paula Araújo. 

Diário do Nordeste

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