Apesar de ter sido excluído dos primeiros testes de uma potencial vacina
chinesa contra o novo coronavírus, o Ceará ainda pode participar dos
próximos estudos clínicos sobre a imunização. É o que revelou, nesta
quinta-feira (2), Ricardo Palacios, diretor do estudo da vacina chinesa
CoronaVac e gerente médico de ensaios clínicos do Instituto Butantan,
sediado em São Paulo, durante uma entrevista coletiva online acompanhada
pela reportagem do Sistema Verdes Mares.
Para justificar esse interesse, ele citou a reputação cearense na área
científica e a tradição médica local no combate a doenças
infectocontagiosas. "Fortaleza tem uma tradição enorme de fazer bons
estudos clínicos e excelentes centros. Vamos dar um jeito de levar
estudos para Fortaleza e outras cidades", disse.
Palacios também explicou por que a capital cearense não entrou no
roteiro dos testes da vacina que devem começar, na próxima semana, em
cinco estados do País (São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul,
Paraná e Minas Gerais) e em Brasília, no Distrito Federal. Nenhum estado
do Norte e do Nordeste está na lista.
"Com certeza foi um dos centros que conseguiríamos (fazer os testes),
mas aparentemente, (o total de casos) já estabilizou e está tendendo a
cair. Por isso talvez não foi uma das (cidades) que selecionamos",
justificou.
O POVO